Data de publicação: 15 de Setembro de 2017, 02:01h, Atualizado em: 17 de Julho de 2020, 18:31h
REPÓRTER: Esta sexta-feira (15) é marcada como Dia Mundial de Conscientização sobre Linfomas. Se você não sabe o que é isso, a explicação simplificada é de que Linfoma é um tipo de câncer que atinge os linfonodos, pequenas estruturas que funcionam como filtros para substâncias nocivas ao organismo. De 2013 para cá, esse tipo de câncer já levou 4.690 pessoas à morte no Brasil. De acordo com dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA), em 2016, houve o surgimento de novos 12.710 casos da doença. Um deles foi o do vendedor atacadista Elson Pereira que, aos 53 anos, descobriu um Linfoma.
SONORA: vendedor atacadista, Elson Pereira.
“É um susto que leva, né? Porque você está bem, trabalhando, nunca fiquei doente, nunca senti nada. Aí, do nada, cheguei no médico e ele fez uma biopsia e constatou: parece ser linfoma. Aí comecei a fazer o tratamento e com as primeiras sessões de quimioterapia, depois que foi diagnosticado que era linfoma, nas primeiras sessões os caroços que estavam no meu pescoço acabaram. Eu continuei fazendo os tratamentos, daí tomo os medicamentos, só remédios que eles passam. Graças à Deus, hoje eu vivo bem, não sinto nada, não tenho reação nenhuma”.
REPÓRTER: O relato do senhor Elson mostra o quanto é importante procurar um profissional de saúde para diagnóstico e tratamento adequado o mais rápido possível. Quanto mais cedo se busca ajuda, maiores são as chances de se ver livre do câncer. O médico hematologista, Ricardo Bigni, que também é um dos responsáveis pela área de Linfomas no INCA, explica a quais sintomas as pessoas devem ficar atentas.
SONORA: médico hematologista, Ricardo Bigni.
“As características clínicas, as manifestações mais comuns dos linfomas são o aumento de linfonodos, de gânglios, ou então um aumento de um linfonodo que são aqueles caroços, em geral no pescoço, nas axilas, na virilha. Mas podem ter outras tais como emagrecimento, perda de peso, febre que ocorre mais na parte noturna, alterações tais como anemia, alterações na contagem de plaquetas, alterações na contagem de um hemograma”.
REPÓRTER: No Brasil, os pacientes com Linfoma contam com acompanhamento gratuito pelo Sistema Único de Saúde (SUS), além de receberem os medicamentos indicados na maioria dos tratamentos.
Reportagem, Janary Damacena.