SUDESTE: 17 hospitais da região vão participar de projeto de incentivo ao parto normal

Objetivo é reduzir a ocorrência de partos cesariana na saúde suplementar e no sistema público

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REPÓRTER: 17 hospitais públicos e particulares da Região Sudeste foram selecionados para participar do projeto de incentivo ao parto normal. A escolha foi anunciada na última semana, no Rio de Janeiro, pelo Ministério da Saúde, Agência Nacional de Saúde Suplementar e pelo Hospital Israelita Albert Einstein. O objetivo do projeto é incentivar o parto normal e reduzir a ocorrência de cesarianas desnecessárias, tanto na saúde suplementar como no sistema público. Na região vão participar do programa dois hospitais no Espírito Santo, quatro em Minas Gerais e no Rio de Janeiro e sete em São Paulo, estado onde mora a  educadora Ana Cristina Duarte. Ela é mãe de dois filhos e já teve a experiência de uma cesariana e de um parto normal. Ana Cristina conta que entre os dois tipos de parto preferiu o segundo, já que a recuperação foi mais rápida e não teve tantos riscos quanto à cesariana.
 
SONORA: educadora – Ana Cristina Duarte
 
“Foi tranquilo. Foi um parto normal, sem intercorrências. A recuperação de um processo normal fisiológico com uma cirurgia de abdômen, não tem nem como comparar. A cirurgia da cesariana é uma cirurgia importante. É uma recuperação bem difícil mesmo. Um dos benefícios do parto normal é não ser uma cirurgia. Uma cirurgia tem todos os riscos de uma cirurgia que o parto normal não tem além de ser mais saudável para o bebê também.”
 
REPÓRTER: Atualmente,  no Brasil, 84 por cento dos partos nas instituições privadas e 40 por cento no sistema público são cesarianas. Quando não tem indicação médica, este tipo de parto aumenta em 120 vezes a probabilidade de problemas respiratórios para o recém-nascido e triplica o risco de morte da mãe. O ministro da Saúde, Arthur Chioro, explica que a intenção é conscientizar toda a rede obstétrica do país desses riscos.
 
SONORA: ministro da Saúde - Arthur Chioro

“Isso  aumenta a mortalidade materna, aumenta a mortalidade infantil, aumenta a prematuridade e nós precisamos, juntos, encontrar soluções. Isso significa reorganizar a assistência obstétrica, reorganizar o papel das operadoras. Nós temos a necessidade de interromper o crescimento anual da taxa de cesarianas. Mas nós entendemos que as mudanças serão nas circunstâncias que a cesariana precisa ser indicada e o parto normal nas condições que o parto normal deve e pode ser indicado.”
 
REPÓRTER: De acordo com o coordenador da Ginecologia e Obstetrícia da Rede Mater Dei, de Belo Horizonte, Carlos Henrique Mascarenhas, as ações vão dar segurança para as futuras mães.
 
SONORA: coordenador da Ginecologia e Obstetrícia da Rede Mater Dei, de Belo Horizonte - Carlos Henrique Mascarenhas
 
“A gestante vai poder saber quais os hospitais que estão participando desse projeto e que tem o compromisso em melhorar a assistência obstétrica, em geral, e melhorar as indicações que vão acontecer. E esse é o objetivo: melhorar a qualidade assistencial para a gestante poder ter segurança se aquela instituição que ela está tendo o parto participa de um projeto de adequação assistencial.”
 
REPÓRTER: Para conhecer os hospitais e as maternidades da região Sudeste que foram selecionadas para participar do projeto que incentiva o parto normal acesse o site do Ministério da Saúde. O endereço é www.saude.gov.br.
 
Reportagem, Victor Maciel

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