Data de publicação: 24 de Julho de 2017, 22:02h, Atualizado em: 17 de Julho de 2020, 18:31h
LOC.: A base governista na Câmara aposta na volta do recesso para enterrar as denúncias contra o presidente Michel Temer e retomar as discussões sobre as reformas no Congresso. Aliados do Planalto querem trazer de volta debates como o das alterações no sistema da Previdência, que acabaram sendo deixadas de lado com o agravamento da crise. O crescente déficit previdenciário da União e dos estados preocupa o governo. Sergipe é um dos entes federativos em que mais cresceram os gastos com aposentadorias ao longo dos últimos anos. O déficit previdenciário estadual, que era menor do que 6,5% da Receita Corrente Líquida em 2006, saltou para entre 13% e 19,5% em 2015. Os dados são do Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada, o IPEA.
Com o retorno dos trabalhos em 1° de agosto, a Reforma da Previdência deve voltar à pauta, aposta o líder do governo no Congresso, deputado André Moura, do PSC de Sergipe. Ele defende que as mudanças propostas pelo Palácio do Planalto sejam rediscutidas com a população e, principalmente, que voltem a ganhar espaço entre seus pares na Câmara.
TEC.SONORA: André Moura, deputado federal (PSC-SE)
“Então tudo isso é de fundamental importância. E precisamos que o país volte a ter essa pauta que é uma pauta prioritária, mas principalmente a pauta econômica e, dentre elas, das reformas, agora restando a Reforma da Previdência e a Reforma Tributária.”
LOC.: No próximo dia 1° de agosto, o plenário da Câmara deverá ler o parecer do deputado Paulo Abi-Ackel, do PSDB de Minas, pedindo o arquivamento da denúncia contra o presidente Michel Temer. No dia seguinte, os 513 deputados já podem votar se acatam o requerimento ou não. Só a partir daí, e se enterrado o processo, é que os parlamentares esperam mudar o tom das discussões que hoje dominam o cenário político federal.
Reportagem, Hédio Júnior
