SERGIPE: 600 mil de imóveis vão ser vistoriados no combate ao Aedes

Dois mil agentes de endemia já estão nas ruas para conscientizar a população

 

SalvarSalvar imagem
SalvarSalvar imagem

REPÓRTER: O Sergipe está em guerra contra o Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue, chikungunya e do vírus Zika. São cerca de dois mil agentes de endemias que, junto ao Exército, à Marinha, à Aeronáutica e aos agentes comunitários de saúde, já estão nas ruas de todo o estado para conscientizar a população sobre a necessidade de combater, identificar e destruir os criadouros do Aedes. É meta é vistoriar os 600 mil imóveis do estado. Laudice de Menezes tem 60 anos e é dona de casa. Ela mora no bairro João Alvez Filhos, em Nossa Senhora do Socorro, que é uma das cidades do estado que mais tem casos de suspeita de microcefalia, de acordo com a Secretaria Estadual de Saúde. A microcefalia é uma das doenças que pode ser causada pelo Zika vírus. Laudice conta que recebeu os agentes de endemia em casa e acredita que a ajuda deles, aliada aos conhecimentos sobre os perigos do mosquito, podem ajudar a acabar com o Aedes.

 SONORA: Laudice de Menezes, dona de casa

 “Eles olham se tem garrafa, lavanderia. Somente isso. Olham as coisas e pronto, e orientam a gente. E não precisava nem ter agentes se todo mundo soubesse que essa doença está aí se alastrando, todo mundo teria que ter consciência e tomar conta do seu cantinho. Cada um fazendo sua parte.”

 REPÓRTER: De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde, além de Nossa Senhora do Socorro, Estância e Itabaiana também estão entre as localidades com mais casos de suspeitas microcefalia. De acordo com o último relatório do Ministério da Saúde, até agora, 177 casos da doença ainda estão sendo investigados no Sergipe. O Secretário Estadual de Saúde de Sergipe, José Sobral, explicou que uma das dificuldades encontradas na hora da vistoria dos agentes é justamente conseguir a permissão, dos moradores, para entrar nas casas. Todos os agentes podem ser identificados porque utilizam uniformes e credenciais de cada município. O secretário faz um apelo para que os cidadãos colaborem com os agentes.

 SONORA: José Sobral, Secretário Estadual de Saúde de Sergipe

 “Precisamos muito da colaboração de todos. É necessário. Nós temos que defender a saúde das nossas pessoas, dos nossos adultos, de nós mesmos. A população brasileira está ameaçada. Então é necessidade de todos se comprometerem em prestar a sua colaboração, em ofertar a sua contribuição e, acima de tudo, permitir que o agente tenha acesso à residência para identificar onde tem os focos e orientar, na melhor maneira de fazer a prevenção.”

 REPÓRTER: Em Sergipe, os agentes comunitários de endemias já visitaram aproximadamente 400 mil residências em todo o estado. A recomendação do Ministério da Saúde é que, cada família reserve 15 minutos por semana para combater o mosquito Aedes. A principal forma de se proteger do Zika e microcefalia, da dengue e chikungunya é impedir que o mosquito nasça. O Ministro da Saúde, Marcelo Castro, chama a atenção para a necessidade de uma rotina de combate ao mosquito.

 SONORA: Marcelo Castro, Ministro da Saúde

 O que a gente precisa ter a compreensão é a de que é um trabalho que é duradouro, que nós não vamos eliminar o mosquito de uma hora para outra e que é preciso ser uma ação continuada, rotineira, sistemática.”

 REPÓRTER: De acordo com o Ministério da Saúde, 70 por cento da população do Aedes aegypti nasce dentro de casa. Por isso, a participação da população é fundamental. Saiba mais na internet, no endereço combateaedes.saude.gov.br

 Reportagem, Bruna Goularte

 

Receba nossos conteúdos em primeira mão.