Data de publicação: 01 de Setembro de 2017, 00:11h, Atualizado em: 17 de Julho de 2020, 18:31h
Os deputados federais seguem divergindo sobre a possibilidade de a reforma da Previdência ser colocada em votação no Plenário da Câmara dos Deputados neste semestre. O texto deveria ter sido votado pelos deputados em julho, mas a crise política criada pelas denúncias da PGR contra o presidente Temer e o recesso parlamentar do meio de ano travaram as discussões sobre a reforma na Câmara.Os deputados estão divididos e muitos acreditam que o atual momento político que o país passa impossibilita a votação da reforma.
Para o deputado Federal Celso Russomanno, do PRB de São Paulo, os parlamentares têm noção da importância da reforma para o acerto das contas públicas. No entanto, ele acredita que uma parte dos colegas insiste em tratar o tema como assunto político, de governo, e não como de interesse do Estado.
“Existe uma consciência aqui de que as reformas são necessárias. Nós podemos ter alguns parlamentares aqui que não querem votar porque são oposição ao governo. Mas é uma questão de Brasil, não é uma questão de oposição ao governo ou se é favorável ao governo.”
De acordo com o governo Federal, o rombo da Previdência pode ultrapassar os 180 bilhões de reais, este ano.O deputado Celso Russomanno alerta que, se a reforma da Previdência não for aprovada, o país pode entrar em colapso econômico em poucos anos.
“Daqui a oito anos, pode contar com o que eu estou dizendo, vai acontecer como aconteceu em outros países. Não vai ter dinheiro para pagar, ou então, a gente paga os aposentados, e eu estarei nesta lista, e a gente paga os aposentados e não paga funcionário público, não paga saúde, não paga educação, a gente vai ter que optar.”
A reforma da Previdência foi aprovada em Comissão Especial na Câmara dos Deputados em maio. Após ser aprovado no Plenário da Casa, o texto vai precisar ser analisado pelos senadores antes de passar a valer.
De Brasília, Cristiano Carlos
