REPÓRTER: Após a rebelião que resultou em cerca de 60 mortes, no Complexo Penitenciário Anísio Jobim, o Compaj, em Manaus, o governo do Amazonas decidiu pedir ajuda ao governo federal. A solicitação divulgada pelo secretário estadual de Segurança Pública, Sérgio Fontes, tem a intenção de reforçar a segurança das unidades prisionais do estado e de planejar ações para o combate ao narcotráfico.
A chacina no presídio de Manaus é resultado da rivalidade entre duas organizações criminosas que disputam o controle de atividades ilícitas na região: a Família do Norte, a FDN, e o Primeiro Comando da Capital, o PCC.
O total de mortes na rebelião no Compaj só é superado pelo chamado Massacre do Carandiru, em São Paulo, quando 111 detentos foram mortos, em 1992.
Em nota divulgada nesta segunda, o Ministério da Justiça informou que o ministro Alexandre de Moraes, que já está no Amazonas, tem mantido contato com o governador do estado, José Melo, do PROS. De acordo com a pasta, o governador do Amazonas informou que os mais de 44 milhões de reais de repasse que o Fundo Penitenciário do Amazonas recebeu do Fundo Penitenciário Nacional serão utilizados para tentar solucionar a situação.
Reportagem, João Paulo Machado