Data de publicação: 24 de Maio de 2017, 21:10h, atualizado em 24 de Maio de 2017, 13:13h
Caso os testes sejam aprovados e a indústria tiver interesse no desenvolvimento do remédio, em cinco anos o medicamento poderá estar no mercado
LOC.: As buscas para a cura do câncer são um desafio diário para médicos e especialistas de todo o mundo. E entre as tentativas de achar uma solução para inibir a evolução da doença, pesquisadores e professores da Universidade Federal Fluminense (UFF), no estado do Rio de Janeiro; e da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), desenvolveram uma substância criada a partir da folha de henna, que é usada para a criação de tatuagens temporárias e na pintura de cabelos.
A substância, segundo o pesquisador da Ufam, Emerson Lima, pode impedir o crescimento e reduzir o tamanho dos tumores, de acordo com os testes realizados em animais.
TEC./SONORA: Emerson Lima, pesquisador da Ufam
“O que nós fizemos um estudo em células isoladas, células humanas e também em animais de laboratórios, camundongos, onde foram introduzidos tumores nesses animais e eles foram tratados. O tumor reduziu. É como se você tivesse introduzindo um câncer no animal e faz o tratamento com a substância e monitora isso pelo tamanho da massa tumoral. Então, quando os animais foram tratados com a substância, o tamanho do tumor reduziu.”
LOC.: De acordo com informações dos responsáveis, a substância, denominada CNFD, reagiu melhor em células tumorais. Ou seja, as normais foram menos afetadas. E para o pró-reitor de Pesquisa, Pós-Graduação e Inovação da Universidade Federal Fluminense, Vitor Ferreira, esse é um dos objetivos buscados no tratamento do câncer.
TEC./SONORA: Vitor Ferreira pró-reitor de Pesquisa, Pós-Graduação e Inovação da UFF
“O que se deseja na realidade quando você desenvolve uma nova substância no tratamento quimioterápico do câncer, você gostaria que a substância matasse as células tumorais e preservasse as células normais. E com isso, os efeitos colaterais seriam muito menores. É essa a ideia. Isso a gente chama de índice de seletividade, que é o quanto ela é prejudicial para uma célula tumoral e quão pouco é prejudicial para uma célula normal.”
LOC.: O produto está sendo patenteado no instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI). Caso os testes sejam aprovados e a indústria tiverinteresse no desenvolvimento do remédio, em cinco anos o medicamento poderá estar no mercado em larga escala.
Reportagem, Marquezan Araújo
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