SAÚDE: STF adia julgamento que vai decidir se estados devem fo­­rnecer remédios de alto custo

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REPÓRTER: O Supremo Tribunal Federal (STF) adiou pela segunda vez, nesta quarta-feira (28), a sessão que analisa se os estados devem fornecer remédios de alto custo e ainda não disponíveis na rede SUS para pacientes sem condições financeiras de comprá-los. O julgamento, que já conta com o voto de três dos 11 ministros do STF, foi suspenso após um pedido de vista do ministro Teori Zavascki.
 
No inicio da sessão, o relator do caso, ministro Marco Aurélio Mello, mudou o voto que havia dado na sessão anterior e defendeu que os estados devem fornecer os medicamentos não registrados na Agência Nacional de Vigilância Sanitária, a Anvisa. O ministro Luís Roberto Barroso discordou d Marco Aurélio e votou contra a obrigação de os estados fornecerem medicamentos não registrados na Anvisa. O ministro Edson Fachin entende que o Judiciário não pode autorizar o fornecimento de remédios sem registro, mas acredita que o Poder pode determinar que a Anvisa avalie a possibilidade de um registro e, "em última hipótese", autorizar o fornecimento.
 
A questão discutida pela Suprema Corte foi levantada por uma paciente do Rio Grande do Norte. Em 2007, ela recorreu à Justiça para ter acesso a um medicamento de alto custo não disponível no SUS. Tendo que pagar pelo remédio, o Rio Grande do Norte recorreu ao STF.
 
Reportagem, João Paulo Machado

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