REPÓRTER: Subiu para 1.761 o número de casos suspeitos de microcefalia no país. Os números divulgados nesta terça-feira, dia 8, pelo Ministério da Saúde foram notificados em 422 municípios de 13 estados da federação. Em todos os casos há a suspeita de infecção pelo Zika vírus.
Para o diretor de Vigilância das Doenças Transmissíveis, Cláudio Maierovitch é possível afirmar que a maioria dos os casos tem relação com o Zika vírus, já que a ocorrência de microcefalia no país, antes da chegada do vírus era muito menor.
SONORA: Diretor do departamento de Vigilância de Doenças Transmissíveis do Ministério da Saúde, Claudio Maierovitch
"Nós sabemos que existe uma doença diferente acontecendo entre nós e que é grande a ocorrência de microcefalia frente uma situação normal. Nós temos no mundo inteiro, no Brasil, um número muito pequeno de casos de microcefalia. O que nós temos atualmente frente a este número pequeno é incomparavelmente maior. Então nós temos o risco de que uma parte, destes que aconteciam antes, sejam enquadrados no critério de microcefalia por vírus Zika, mas isso vai alterar muito pouco a proporção final.”
REPÓRTER: Pernambuco é o estado com o maior número de casos, 804. Em seguida, vem os estados da Paraíba com 316 casos, Bahia com 180 e Rio Grande do Norte com 106. Sergipe registrou 96 suspeitas, Alagoas 81, Ceará 40, Maranhão 37, Piauí 36, Tocantins 29 e Rio de Janeiro 23. Em Mato Grosso do Sul existem 9 casos suspeitos, em Goiás 3 e no Distrito Federal um.
Até o momento, foram registradas 19 mortes de bebês com microcefalia e suspeita de infecção pelo Zika vírus, sendo sete no Rio Grande do Norte, quatro em Sergipe, dois no Rio de Janeiro, um no Maranhão, dois na Bahia, um no Ceará, um na Paraíba e um no Piauí. O Ministério da Saúde informou que todos os casos estão sendo investigados para confirmar a causa da morte.
Cláudio Maierovitch afirma que para combater a microcefalia, o país precisa da ajuda de toda a população. Pois, segundo ele, a forma mais eficaz para prevenir a doença é a eliminação do mosquito Aedes aegypt, transmissor do Zika vírus
SONORA: Diretor do departamento de Vigilância de Doenças Transmissíveis do Ministério da Saúde, Claudio Maierovitch
“O combate a esse mosquito não depende apenas das ações de saúde. Depende, em maior parte, do próprio esforço da população em eliminar qualquer tipo de recipiente que possa conter água da sua moradia, dos estabelecimentos comerciais, terrenos, áreas públicas e, claro, da participação do poder público para essa limpeza, para esse saneamento de possíveis criadores do aedes aegypti.”
REPÓRTAGEM: Nesta terça, o Ministério da Saúde, também lançou um protocolo emergencial de vigilância para responder aos casos de microcefalia relacionados ao Zika vírus. O objetivo, segundo a pasta, é passar informações, orientações técnicas e diretrizes para profissionais de saúde e equipes de vigilância.
Reportagem, João Paulo Machado