SAÚDE: Município de Catarina enfrenta epidemia de Chikungunya e Dengue

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REPÓRTER: O município de Catarina, que fica cerca de 400 km de Fortaleza, Ceará, já notificou neste ano cerca de 200 casos de Dengue e 200 casos de Chikungunya. De acordo com a secretária de Saúde do município, Valéria Rodrigues Cavalcante, a seca que castiga a região tem feito com que a população armazene a água, nem sempre da forma correta, e isto tem feito com que o número de casos aumente. Por isto, é preciso que todos os cidadãos se mobilizem no combate ao mosquito.

LOC./SONORA: Valéria Rodrigues Cavalcante, secretária de Saúde de Catarina.

“Este é um problema de todos nós e a gente realmente precisa deste trabalho em conjunto com a população. Eu sempre peço para que tirem 10 minutos do seu dia, para verificar como está a sua casa, como é que está o seu quintal, para ajudar na sua rua, com seu vizinho, para não deixar a água parada, para telar a sua caixa d’água e para que seja feito diariamente. A gente só consegue com esta parceria com a população. Todos juntos, de mãos dadas nesta luta, neste combate diário contra o mosquito.”

REPÓRTER: A recepcionista Antônia Elieuda Oliveira, de 45 anos, que mora na Rua 15 de Novembro, no Centro, teve Chikungunya e disse que sente dores até hoje.

LOC./SONORA: Antônia Elieuda Oliveira, 45 anos, recepcionista.

“Ela começou com um inchaço nos meus pés, febre, dor de cabeça, dor no corpo, nos joelhos, no calcanhar, cotovelos, dor na nuca, ainda hoje eu sinto as dores no joelho... Esta virose pegou quase toda a população.”

REPÓRTER: A supervisora do Núcleo de Controle de Vetores da Secretaria de Saúde do Ceará, Roberta de Paula, conta o que o estado está fazendo para auxiliar o município.

LOC./SONORA: Roberta de Paula, supervisora do Núcleo de Controle de Vetores da Secretaria de Saúde do Estado do Ceará.

“A Secretaria de Saúde do estado, assim que observou um aumento do número de casos de Chikungunya no município de Catarina e de Dengue, a gente enviou uma equipe para lá, que realizaram a capacitação dos agentes de combate às endemias, na formação de brigadas, nos prédios públicos municipais e nos comércios, realizaram também mobilização junto a população para o combate ao vetor, disponibilizou os insumos necessários, telas para vedação de depósitos e nós já temos a diminuição de casos no município.”

REPÓRTER: Estas telas são distribuídas de graça e realmente ajudam no combate ao mosquito. Porém, se a população não fizer a sua parte, a epidemia pode aumentar, como explica o coordenador-geral de Malária e de doenças transmitidas pelo Aedes Aegypti do Ministério da Saúde, Divino Valero.

LOC./SONORA: Divino Valero, coordenador-geral de Malária e de doenças transmitidas pelo Aedes Aegypti do Ministério da Saúde.

“Estas arboviroses tem em comum o mesmo vetor. Então, o trabalho que está sendo feito é um trabalho de contenção desta população de mosquito. O risco existe! Se não fizer as atividades de manejo ambiental, educação em saúde, participação popular, controle vetorial é natural que isto ocorra.”

REPÓRTER: De acordo com a Secretaria de Saúde de Catarina, os principais criadouros do mosquito são as caixas d’água, tonéis, latões e cisternas mal tampadas.

Reportagem, Cintia Moreira

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