SAÚDE: Método criado por universidade de SP pode reduzir o tempo do diagnóstico do câncer de pâncreas

O exame, de acordo os pesquisadores, é feito com uma gota de sangue do paciente, que é colocada sobre o sensor.

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LOC.: Normalmente, o diagnóstico do câncer de pâncreas, quando buscado por meio de exame de sangue, leva em média 48 horas para ser apresentado, segundo Murilo Buso, oncologista do Centro de Câncer de Brasília.

Porém, esse tempo poderá ser reduzido e o resultado sair em apenas 8 minutos. Isso, graças a um tipo de sensor que usa elementos biológicos para reconhecimento de células cancerígenas, desenvolvido por cientistas da Universidade de São Paulo, do campus de São Carlos, no interior do estado.

O professor do Instituto de Física da USP de São Carlos, Osvaldo Novais, garante que o resultado sai em pouco tempo. E, segundo ele, os teste feitos até agora levam a conclusão de que o exame é eficiente.

TEC./SONORA: Osvaldo NovaisProfessor do Instituto de Física USP de São Carlos

“Nós já sabemos que o biossensor que nós desenvolvemos funciona bem, sem falsos positivos. Ou seja, quando houver a detecção de que aquele marcador está presente em um fluido do paciente ou em uma célula cancerosa do paciente , o biossensor acusa. E se ele não estiver presente o biossensor não dá falso positivo. Ou seja, ele não dá um resultado errôneo.”

LOC.: O exame, de acordo os pesquisadores, é feito com uma gota de sangue do paciente, que é colocada sobre o sensor. A partir da aí é possível identificar a presença da substância que pode identificar se há sinais da doença no paciente. Osvaldo Novais explica como o diagnóstico é apresentado.

TEC./SONORA: Osvaldo Novais, professor do Instituto de Física USP de São Carlos

“Nós fazemos a detecção de uma proteína que é chamada CA19-9. Essa proteína quando está em excesso no sangue de um paciente, isso indica que aquele paciente, ou já tem, ou pode desenvolver câncer de pâncreas e em alguns casos pode ser uma pancreatite. Então pode não ser câncer, mas já uma anomalia no pâncreas.”

LOC.: Como os testes feitos até agora só tiveram como base linhagens de células cancerosas produzidas em laboratório, o próximo passo da pesquisa é a realização da pesquisa em amostras de sangue reais.

Reportagem, Marquezan Araújo

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