SAÚDE: Diferentes religiões e crenças estão no combate do mosquito da Dengue, Zika e Chikungunya

SalvarSalvar imagem
SalvarSalvar imagem

LOC: Não importa a religião quando o assunto é eliminar o mosquito que causa a Dengue, Zika e Chikungunya. Várias igrejas de todo o país enxergam o problema e entendem que é dever de todos eliminar os criadouros do inseto. O tema da Campanha da Fraternidade Ecumênica de 2016 foi “Casa comum, nossa responsabilidade”, que abordou diferentes pontos, entre eles os cuidados que precisamos ter para evitar a reprodução do mosquito. A campanha reuniu diferentes igrejas como a Católica Apostólica Romana, a Evangélica de Confissão Luterana no Brasil, a Episcopal Anglicana do Brasil, a Presbiteriana Unida do Brasil e a Igreja Sirian Ortodoxo de Antioquia. A secretária geral do Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil, Romi Márcia Benti, conta como foi importante a campanha e como ela ainda pode render frutos.  

 

TEC/SONORA: Romi Márcia Benti, Secretária geral do Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil

 

“Durante a campanha foram feitas várias mobilizações, e eu tenho certeza que as igrejas vão continuar fazendo isso agora, de mutirão de limpeza, de discutir o plano nacional de saneamento básico, de se apropriar dessas informações. De prestar atenção, também, de quando uma determinada comunidade faz sua festa, sua quermesse, de ver qual é o lixo que se está deixando para trás. Se está sendo descartado de maneira correta. A gente tá deixando o ambiente cuidado e limpo. Então todas essas questões bem práticas foram realizadas pelas igrejas”.

LOC: Em Goiana, Pernambuco, os adeptos da Jurema, crença indígena, não estão de fora da lista dos que querem acabar com o mosquito. Segundo a tradição da Jurema a água é um elemento sagrado, então é comum o uso de copos e potes de água durante os encontros. Os juremeiros têm a consciência de que esses recipientes podem se tornar criadouros. Mas é possível manter a tradição e viver livre das doenças transmitidas pelo mosquito, como explica o Juremeiro Serginho da Burra.

TEC/SONORA: Serginho da Burra, juremeiro

“Devido essas doenças estarem sendo espalhadas, nós estamos orientando aos nossos irmãos que peguemos os copos com água, emborquemos nas mesas de jurema. E aí coloquemos em cada mesa de jurema uma moringa com água, mas fechada, que representa esse elemento.”

LOC: Quem também entrou nessa luta, foi a Igreja Batista Central de Fortaleza, que em parceria com a Visão Mundial, uma organização não governamental, desenvolveu projetos nos bairros carentes. Jorge  de Queiroz, de 36 anos, membro da Igreja Batista Central de Fortaleza, fez o programa com futebol inserindo mais de 60 crianças, de sete a 20 anos, do bairro Santa Fé, onde realizaram  mutirão de limpeza, com recolhimento de  lixo uma vez por semana, além de palestras com as mamães grávidas. Jorge conta como é importante a participação da igreja junto à comunidade para o combate ao mosquito.

TEC/SONORAJorge de Queiroz, membro da igreja Batista Central de Fortaleza, 37 anos

“Como igreja, o que podemos fazer é continuar conscientizando a comunidade que é o mais prejudicado. Então temos que continuar conscientizando a nós mesmos que o mais prejudicado é a gente. Então a comunidade aderiu a essa ideia, e hoje a igreja é muito importante, porque é muito relevante, pois hoje as igrejas estão em quase todos os bairros. Então as igrejas se mobilizando, conscientizando todos os membros e comunidade, é um ponto fundamental e muito relevante para o combate do mosquito”.  

LOC: Independentemente da sua crença religiosa entre nessa luta contra o mosquito e não deixe que ele prejudique você ou sua família. Faça sua parte! A melhor forma de combatê-lo é fazendo a prevenção. Para saber mais sobre o mosquito e as doenças transmitidas acesse: saude.gov.br/combateaedes. Ministério da Saúde, Governo Federal. 

Receba nossos conteúdos em primeira mão.