SAÚDE: Dependência do celular tem limitado relacionamento pessoal, afirma especialista

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LOC: Os aparelhos eletrônicos como smartphones e tablets fazem parte do cotidiano de milhares de brasileiros. De acordo com uma pesquisa realizada no ano passado, pelo Google, 73 por cento dos brasileiros que possuem smartphones não conseguem sair de casa sem a companhia do aparelho. Por esse motivo, especialistas alertam que o uso excessivo dessas tecnologias pode causar dependência. Recentemente, o termo nomofobia, nome cientifico para descrever o medo de ficar sem celular, foi criado no Reino Unido. A psicóloga Ludmila Ribeiro explica as consequências do uso exagerado dessas tecnologias. 
 
TEC/SONORA: Ludmila Ribeiro, psicóloga
“Pessoas estão ficando anti-sociais, estão se limitando ao relacionamento pessoal porque elas acham que se relacionando eletronicamente elas estão se relacionando diretamente, e não é bem assim. Todos nós precisamos do relacionamento pessoal, físico para sobreviver”.
 
LOC: De acordo com um estudo feito pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) 34 por cento das pessoas entrevistadas afirmaram ficar muito ansiosas sem o telefone por perto. Esse é o caso da publicitária brasiliense Camila Bandeira, de 26 anos. Camila não consegue sair de casa sem o levar o celular junto.  
 
TEC/SONORA: Camila Bandeira, 26 anos, publicitária
“Eu e meu celular somos uma coisa só. Como seria ficar sem meu celular? Essa possibilidade não existe. Se eu to no meio do caminho e estiver sem  meu celular, eu volto em casa para buscar, é uma situação estar nu”.  
 
LOC: Especialistas também alertam sobre o uso do celular como brinquedo para crianças. De acordo com a psicóloga Ludmila Ribeiro, atualmente, os telefones são usados pelos pais para distrair e entreter as crianças enquanto realizam atividades cotidianas. O uso precoce pode atrapalhar o desenvolvimento da linguagem da criança e tirar a oportunidade de se divertir com brinquedos. No entanto, as ferramentas que possuem pontos positivos devem ser usadas com moderação, avalia Ludmila Ribeiro.
 
TEC/SONORA: Ludmila Ribeiro, psicóloga
“Usar um recurso em torno de uma hora por dia eu acho interessante, agora não aquele pai que deixa seu filho oito da manhã ao meio dia com aparelho eletrônico para realizar os afazeres domésticos, por exemplo.”
 
LOC: Fique atento aos sinais de uma possível dependência. Quando mexer no celular passa a ser uma prioridade, a pessoa começa a ter problemas não só com a própria saúde, como em seus círculos sociais, seja no meio acadêmico, no trabalho ou no convívio com amigos.
 
Reportagem, Juliana Gonçalves 
 

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