SAÚDE: Campo Mourão, Terra Boa e Roncador têm situação de alerta para focos do mosquito da Dengue

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LOC: Campo Mourão está em estado de alerta para a infestação do mosquito transmissor da Dengue, Zika e Chikungunya. De acordo com levantamento do Ministério da Saúde, a cidade tem índice 1 de infestação, o que significa alerta para o número de criadouros encontrados. Em 2014 e 2015 a situação foi bem pior: Campo Mourão ficou em situação de risco. Mas bem antes disso, a Dengue já preocupava os moradores da cidade. Ieda de Carvalho, por exemplo, foi picada pelo mosquito em 2010, quando teve Dengue na forma mais grave. Ela, que é dona de um salão de beleza no Centro, lembra como sofreu com a doença. 
 
TEC/SONORA: Ieda de Carvalho, dona de Salão de Beleza
“Eu não conseguia mais comer. O intestino parou de funcionar. Eles começaram a fazer lavagem intestinal a partir do quinto dia. As dores se intensificaram. Eu comecei a ficar transpirando. Sangue. Aquelas bolinhas no corpo todo. E o médico falou ‘olha, a gente fez tudo o que podia, agora a gente tem que aguardar, esse quadro clínico tem que melhorar’. E eu não conseguia melhorar. Aí, no sétimo dia eu me despedi do meu marido. Falei para ele cuidar bem dos meus filhos. Estava consciente de que era aquilo ali mesmo e que só Deus poderia fazer um milagre.” 
 
LOC: Depois de 10 dias internada, o milagre aconteceu: Ieda melhorou e conseguiu voltar para sua família. Foi um baque para ela, que passou meses sem acreditar que a picada de um mosquito quase a matou. Mas não é apenas a cidade de Campo Mourão que sofre com a infestação do mosquito. Cidades próximas também passam pelo problema. De acordo com o levantamento divulgado pelo Ministério da Saúde, Roncador está em situação de alerta, com uma infestação de 1,3. Terra Boa enfrenta a mesma dificuldade, com índice de 1,1. E é para que nenhum morador tenha que sofrer com as dores da Dengue, Zika e Chikungunya, que o supervisor-geral do Controle de Endemias da Secretaria de Saúde de Campo Mourão, Carlos Bezerra, pede o apoio de todos.
 
TEC/SONORA: Carlos Bezerra, supervisor-geral do Controle de Endemias da Secretaria de Saúde de Campo Mourão 
“É tão simples: de repente, se uma ou duas vezes por semana a pessoa der uma volta em seu imóvel, olhar o seu quintal, a sua residência. Cuidar, de repente, até da situação de um terreno vizinho, de uma área pública na frente do seu imóvel... Sem dúvida, eliminando essa água parada, nós teremos uma grande colaboração de toda a população para evitarmos transtornos dessas doenças, que estão vindo com bastante força e estão trazendo um caos em relação a saúde pública.” 
 

LOC: É importante lembrar que quando uma rua está infestada, um bairro todo pode ser prejudicado. Quando um bairro tem muitos criadouros, a cidade toda pode sofrer as conseqüências. Da mesma forma, uma cidade que sofre com a  infestação do mosquito também pode contribuir para a proliferação  em municípios vizinhos. A única solução para esse problema é que cada morador faça a sua parte e elimine todos os recipientes com água parada dentro de casa. Para saber mais, acesse: saude.gov.br/combateades

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