SAQUAREMA (RJ): Município já registra casos suspeitos de Chikungunya em 2017; casas de veraneio fechadas dificultam combate

SalvarSalvar imagem
SalvarSalvar imagem

LOC.: Saquarema fechou 2016 com 46 possíveis casos de Chikungunya em investigação, ainda sem confirmação laboratorial. E, para 2017, a previsão das autoridades estaduais e municipais e do próprio Ministério da Saúde é preocupante: a doença pode avançar na cidade. Apenas em janeiro, três pessoas já apresentaram os sintomas da doença, ainda sem confirmação do diagnóstico por parte da Secretaria de Saúde, nem se foram contraídos no próprio município.
E a coordenadora do serviço de Epidemiologia da prefeitura confirma a preocupação com o surgimento de novos casos.

TEC./SONORA: Ana Paula Duarte, coordenadora do serviço de epidemiologia
“E o alerta que nós tivemos até pela secretaria de estado do Rio de Janeiro, que já realizou uma reunião com os técnicos dos serviços, a preocupação deles é a Chikungunya, porque as pessoas são suscetíveis. Está aí, aparecendo. Provavelmente Dengue nem tanto, mas mais a Chikungunya e a Zika, por conta da suscetibilidade, entendeu?.”

LOC.: De acordo com o subsecretário estadual de saúde, Alexandre Chieppe, a tendência para 2017 é de alta no registro de casos de Chikungunya no Rio de Janeiro. Segundo ele, o motivo é a suscetibilidade de contágio da população por um vírus considerado novo, e que o trabalho será focado nos trabalhos dos agentes de endemia, que visitam cada casa nos municípios do estado.
Saquarema conta, atualmente, com 91 agentes de endemias, sendo que 59 visitam cada casa da cidade, a cada dois meses. Mesmo com esse trabalho, Ana Paula conta que as casas fechadas dificultam e muito o trabalho dos agentes de endemias, para exterminar focos e limpar recipientes com água parada. Para a gestora, o fato de o município ter uma grande quantidade de casas de veraneio e uma falta de vigilância constante da população contribui para um possível aumento no número dos casos na cidade.

TEC./SONORA: Ana Paula Duarte, coordenadora do serviço de epidemiologia
“Temos uma região de veraneio, com um maior número de visitantes. Temos uma pendência por ser área de veraneio, e tudo isso contribui para um maior número de notificações. Não adianta essa visita, porque os agentes de endemias têm ciclos, então ele visita a sua casa hoje e volta daí a dois meses. Se você não tem consciência do seu papel dentro dessa transmissão, não vai adiantar.”

LOC.: O recado que a coordenadora do serviço de epidemiologia está dando para Saquarema é importante. Todos os moradores e visitantes são peças fundamentais na luta contra o contágio das três doenças transmitidas pelo mosquito. Lembre-se que os sintomas da Chikungunya, do Zika e da Dengue, podem ser muito parecidos. Por isso, se você sentir dor no corpo, nas articulações, juntas dos pés e mãos, além de febre alta e coceira, não deixe de procurar um médico. Só assim você vai receber o cuidado necessário para tratar a doença. Para saber mais, acesse: saude.gov.br/combateaedes. 
 

Receba nossos conteúdos em primeira mão.