SÃO PAULO: Reforma trabalhista é analisada no Senado; aprovação pode gerar empregos, acredita deputado

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LOC.: As discussões sobre a reforma trabalhista já começaram no Senado Federal. Na quarta-feira (10) as Comissões de Assuntos Econômicos e de Assuntos Sociais promoveram audiência pública sobre o tema. Para esta quinta (11), está marcada sessão temática no Plenário da Casa, para continuar o debate. A expectativa do governo é que, já nas próximas semanas, os senadores terminem de analisar a proposta e votem o projeto sem alterações. Dessa forma, o texto não precisará voltar à Câmara dos Deputados, o que atrasaria ainda mais a vigência da reforma.
 
Essa urgência do Executivo em aprovar o projeto se dá em meio ao crescente número de brasileiros sem emprego. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, o IBGE, o mês de março terminou com 14 milhões de desempregados; maior número já registrado no país. A queda no trabalho também atingiu o estado de São Paulo, mesmo que de forma mais branda. Ao todo, mais de quatro mil postos de trabalho foram perdidos no estado, em março, de acordo com o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados, o Caged.

Para o deputado Federal Celso Russomanno (PRB-SP), a aprovação da reforma Trabalhista pode ser a saída para que esse quadro de demissões seja revertido. De acordo Russomanno, a modernização nas leis do setor vai facilitar a elaboração de acordos entre empregados e empregadores.
 
TEC./SONORA: Celso Russomanno, deputado Federal (PRB-SP)
“A pessoa pode estabelecer com o empregador quantas horas ela quer trabalhar. Ele quer trabalhar em dois lugares? Quer trabalhar meio período em um lugar e meio período em outro? Ele vai poder. Ele quer estabelecer que vai trabalhar meio período e quer só fazer meia hora de almoço e quer ir embora mais cedo para casa? Ele vai poder fazer.”
 
LOC.:  Para o professor da Faculdade de Economia da Universidade de São Paulo, Hélio Zylberstajn, a aprovação da reforma vai garantir que exista mais espaço para negociações. Um funcionário, por exemplo, poderá negociar a divisão das férias em até três vezes, se isso for mais vantajoso para ele. Na avaliação de Hélio Zylberstajn, essa modernização das relações trabalhistas abrirá mais espaço para contratações no futuro.

TEC./SONORA: Hélio Zylberstajn, professor da Faculdade de Economia da Universidade de São Paulo (USP)
 
“A reforma faz coisas importantes, quando aumenta o espaço da negociação, cria uma oportunidade para que os compromissos entre as partes se acentuem. Isso tem reflexos em rotatividade, em produtividade e lá na frente vai ter reflexos em emprego também.”
 
LOC.:  O relatório da reforma Trabalhista foi aprovado no dia 26 de abril pelo plenário da Câmara dos Deputados. O texto, agora, segue em discussão no Senado Federal, antes de ser votado.
 
Com a colaboração de Marquezan Araújo, reportagem, João Paulo Machado
 

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