SÃO PAULO: Capital e grandes cidades buscam soluções para vacinação contra HPV

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TEC: Trilha (BG).
 
LOC: As equipes de saúde da capital e dos três mais populosos municípios paulistas estão mobilizadas para ampliar a aplicação da segunda dose da vacina contra o Papiloma Vírus Humano, o HPV. A infecção por esse vírus é uma das principais causas do câncer do colo do útero, doença responsável pela morte de mais de cinco mil mulheres adultas por ano no Brasil, de acordo com o Instituto Nacional do Câncer, o Inca. O público-alvo prioritário, este ano, é formado por meninas e adolescentes com idades entre 9 e 11. As jovens com 12 e 13 anos, alvos da campanha no ano passado, que ainda não tomaram a primeira ou a segunda dose, também devem procurar as unidades de saúde para atualizarem o cartão de vacinação. Preocupada com a saúde da filha, a moradora da cidade de São Paulo, Sheila Cristina Moraes, levou Hannah Catrino, de 12 anos, para tomar a vacina contra o vírus HPV. Segundo a mãe, a menina não gostou muito da ideia, mas entendeu a importância da prevenção ao vírus, que pode causar doenças sérias no futuro.
 
TEC: Sheila Cristina Moraes, biomédica, mãe da Hannah 12 anos.
 
“Ela não reagiu muito bem não, porque ela tem medo de injeção, mas a doença, o fato, a explicação da doença, em si, ela aceitou, entendeu. Foi explicado na escola também. Então, o fato da imunização em si não teve problema, o que ela reclamou é que poderia ser igual ao do Zé Gotinha”.
 
LOC: Sheila Cristina lembra a importância da vacina e dá um recado para as mães que tem filhas de nove a 13 anos de idade, e ainda não levaram para tomar as doses contra o vírus HPV.
 
TEC: Sheila Cristina Moraes, biomédica, mãe da Hannah.
 
 “Hoje em dia, a gente tem tudo na mão, né? Se tem a possibilidade de prevenção – poxa, o HPV é uma das doenças de maior índice de câncer de colo uterino –, tem que ir atrás. A mãe tem a responsabilidade e o senso de responsabilidade de dever de levar a criança, sim, para tomar a vacina. Tem que tomar e não dói.”
 
TEC: Sobe e desce BG.
 
LOC: A vacina contra HPV está disponível em todos os postos de saúde do estado. Mas em algumas das maiores cidades paulistas, como Santo André, Campinas, Guarulhos e na capital, as secretarias de saúde conseguiram vacinar, na primeira etapa da campanha, menos da metade do público-alvo. Vale lembrar que, nessas quatro cidades, as Unidades Básicas de Saúde atendem meninas de nove da manha às cinco da tarde, de segunda à sexta-feira. Mas, não é só nas Unidades de Saúde que as adolescentes podem encontrar a vacina. Na capital, uma forma de alcançar o maior número de meninas foi a parceria com as escolas. Maria Lígia Bacciotti, responsável pela imunização na capital, explica como funciona a parceria entre Secretaria de Saúde e Secretaria de Educação do município.
 
TEC: Maria Lígia Bacciotti Ramos, coordenadora de imunização da cidade de São Paulo.
 
“Primeiro, a gente fez reuniões com a secretaria municipal de educação, depois fizemos com as regionais da educação fazendo um treinamento referente à importância da vacinação falando da questão dos possíveis eventos adversos, o que foi ligado à divulgação negativa que teve tentando fazer uma orientação positiva em relação à vacina, da importância da vacinação. Posteriormente a isso, quando se faz o agendamento nas escolas além de uma carta aos pais destinada dizendo da importância da vacinação existe uma reunião com os pais agendada para orientação da vacinação. É claro que, tudo isso depende da disponibilidade dos pais e do entendimento da importância da vacinação.”
 
TEC: Sobe e desce BG.
 
LOC: Em Campinas, o terceiro município mais populoso do estado, apenas 24 por cento das meninas de 9 a 11 anos tomaram a segunda dose da vacina. A informação é da coordenadora de imunização do município, Andréia Barbosa. Segundo a enfermeira, a diminuição na procura é consequência do medo às supostas reações atribuídas à vacina. A enfermeira de Campinas lembra que as doses são seguras e que é importante para a prevenção de doenças como o câncer do colo do útero.
 
TEC: Andréia Aparecida Barbosa, coordenadora de imunização de Campinas.
 
“Eu diria que o câncer do colo do útero é um dos tipos de cânceres que mais matam mulheres no Brasil, o câncer é uma doença muito séria e a vacina ela é muito segura e que todos os eventos adversos foram investigados. Aqui em Campinas nós estamos tendo o cuidado de aplicar a vacina, esperar por 15 minutos, observar e depois liberar essa menina. Nós não temos observado evento adverso é uma vacina segura e super importante para a menina de nove a 13 anos”.  
 
TEC: Sobe e desce BG.
 
LOC: Na cidade de São Paulo são 421 Unidades Básicas de Saúde do SUS espalhadas por toda região metropolitana da capital, onde a vacina contra o HPV está disponível. Em Campinas, são 63 postos de saúde que atendem de oito da manha às cindo da tarde. Já em Guarulhos existem 13 unidades de saúde no centro, 18 na região da Cantareira, 17 na região de Bonsucesso, 20 em Cumbica além de seis Policlínicas com salas de vacina disponíveis para a população. Em Santo André, 52 Unidades de Saúde também estão abertas para realizar a vacinação.  
 
TEC: Sobe e desce BG.
 
LOC: A criança ou a adolescente deve tomar três doses para completar a proteção. Quem tomou a primeira dose deve agora tomar a segunda dose, administrada seis meses depois da primeira e, a terceira cinco anos após a primeira dose. A meta do Ministério da Saúde é de que até o final do ano, 80 por cento das meninas com idade entre 9 e 11 anos estejam vacinadas. Se você é mãe, pai ou responsável por meninas nesta idade leve-as a uma Unidade de Saúde. Não se esqueça do cartão de vacinação. A vacina é o único meio de garantir a proteção contra o HPV pelo resto da vida. Obtenha mais informações sobre a vacina contra o câncer do colo do útero e o HPV em uma unidade de saúde mais próxima de sua casa e no portal do Ministério da Saúde na Internet, www.saude.gov.br/hpv.

TEC: Encerra trilha (BG).

 

 

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