SANTOS (SP): Região do porto da cidade preocupa para o aumento do contágio

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LOC: A Tuberculose não escolhe quem vai acometer. A doença, que muitas vezes é vista de maneira preconceituosa, ocasiona tosses carregadas e prolongadas por mais de três semanas, além de febres constantes para o paciente. Em Santos não é diferente. Segundo os dados levantados pela Secretaria de Saúde da cidade, 301 casos novos foram registrados no ano de 2016. Neste início de ano, até o final de março, foram 68 confirmados entre os moradores do litoral paulista.

 

De acordo com a coordenadora de controle de doenças infectocontagiosas de Santos, Regina Lacerda, um dos setores que mais preocupa é a classe operário do porto da cidade. Segundo ela, ações são realizadas em navios e com os próprios trabalhadores por conta do local onde trabalham, que é propício para o desenvolvimento da doença.

 

TEC/SONORA: Regina Lacerda, coordenadora de controle de doenças infectocontagiosas.

 “Todo ano a gente faz muitas ações na área do porto. Esse ano, mês passado, fizemos uma ação atingindo 250 trabalhadores, fizemos 80 basciloscopias e não tivemos nenhum caso positivo. E a gente procura atingir cada vez mais trabalhadores portuários e também conscientizando esses trabalhadores da importância de estarem fazendo esses exames.”

  

LOC: A patologia pode não ser contagiosa. Esse foi o caso de Cristiano da Silva, servidor público de 44 anos que contraiu a Tuberculose Pleural. Ele ainda segue fazendo o tratamento para a cura da doença. De acordo com ele, o tratamento convencional o fez mal e agora tem alternativa para se livrar da Tuberculose, mas um pouco mais longa.

 Cristiano também conta que o preconceito está disseminado na sociedade, mas, no caso dele, a descriminação que sentiu foi consigo mesmo.

 

TEC/SONORA: Cristiano Carvalho, Servidor Público.

 “A evidência de que o preconceito existe aconteceu comigo mesmo, a minha reação com relação à doença. Todas as vezes que eu falava que estava doente, para quem eu não podia evitar de falar, eu sempre me sentia na obrigação de me justificar, dizendo: “Olha, minha Tuberculose não é contagiosa, você não precisa se preocupar, você não vai ficar contaminado.” Para que a pessoa não sentisse que eu seria uma ameaça pra ela. E esse preconceito eu não senti fora de mim, eu senti em mim.”

 

 

LOC: Procurar saber sobre as questões de saúde que podem ser importantes para melhorar, principalmente se falando de Tuberculose. Se você apresentar tosse por duas a três semanas, febre, cansaço ou falta de apetite, procure imediatamente uma unidade de saúde. A Tuberculose tem cura. O tratamento é oferecido gratuitamente pelo SUS. Para mais informações, acesse saude.gov.br. 

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