Data de publicação: 24 de Novembro de 2015, 03:00h, Atualizado em: 17 de Julho de 2020, 18:30h
TEC: Trilha (BG).
LOC: As Unidades Básicas de Saúde do SUS e escolas gaúchas estão mobilizadas para aplicar a segunda dose da vacina contra o Papiloma Vírus Humano, oHPV, vírus que é um dos principais responsáveis pelo surgimento do câncer do colo do útero em mulheres adultas. A expectativa da Secretaria de Saúde estadual é superar, nesta fase, as baixas taxas registradas na aplicação da primeira dose, quando um pouco mais da metade das jovens de 9 a 11 anos do estado foram imunizadas, segundo o Ministério da Saúde. Dados da pasta revelam que as taxas de vacinação mais baixas, na primeira etapa, foram registradas em 101 municípios. Em média, essas localidades chegaram a índices de apenas 32% de garotas vacinadas. Fazem parte desse grupo as cidades de Alegrete, Rosário do Sul, Sant’Ana do Livramento, Canguçu, Rio Grande, Candiola, Maquiné e Rio Pardo. Ao todo, 240 mil jovens estão aptas a receber a imunização até o fim do ano no estado. Moradora da região metropolitana de Porto Alegre, a professora de Educação Física Raquel Schutz não perdeu tempo e levou a filha de 12 anos para tomar a segunda dose no posto de saúde do bairro. A mãe conversou com a adolescente sobre a importância da prevenção.
TEC: Raquel Schutz, professora de Porto Alegre e mãe.
“Nós ficamos sabendo através da mídia e o colégio que ela estuda ofereceu a primeira dose na verdade e a segunda dose nós fizemos no posto de saúde. Conversei com ela sobre a importância de ela fazer esta vacina, que essa vacina prevenia doenças graves. Teria mais benefícios do que qualquer prejuízo que ela pudesse ter.”
TEC: Trilha (BG).
LOC: Para distribuir a vacina no estado, a Secretaria de Saúde do Rio Grande do Sul tomou várias medidas. Uma delas foi a parceria coma Secretaria de Educação. É o que informa a coordenadora de imunização do estado, Tani Ranieri.
TEC: Tani Ranieri, coordenadora de Imunização do Rio Grande do Sul.
“Desde o ano passado a gente estabeleceu uma parceria com o setor da educação, não só o setor estadual de educação, mas também o setor privado através dos seus conselhos e seus sindicatos de modo que a gente está podendo ter um apoio do setor de educação dos professores e diretores de escolas que é fundamental nesse processo para que haja uma maior adesão dos adolescentes no processo de vacinação do HPV. A gente espera que essas ações que estão sendo reproduzidas em nível de regionais e de municípios facilitem o nosso trabalho e tenha um impacto importante neste processo.”
LOC: O vírus HPV é o principal causador do câncer do colo do útero. A doença é a terceira que mais mata mulheres no Brasil. Só para a região Sul do país, a estimativa do Instituto Nacional do Câncer é de que apareçam mais de dois mil e 300 novos casos da doença até o fim de 2015. A enfermeira Tani Ranieri reforça que a vacina contra o HPV é uma oportunidade que as adolescentes têm de se proteger do câncer do colo do útero.
TEC: Tani Ranieri, coordenadora de Imunização do Rio Grande do Sul
“É importante que os pais e responsáveis saibam que o Ministério da Saúde, ele está dando uma oportunidade única ao introduzir a vacina do HPV no calendário básico de vacinação, ele está fazendo de forma escalonada. Então nestes dois primeiros anos, no ano de 2014 e agora no ano de 2015, oferecendo esta vacina ao segmento de meninas de nove a 11 anos de idade é um momento único que essas meninas desta faixa etária tem para se proteger e receber gratuitamente uma vacina pelo SUS, pelo Sistema Único de Saúde.”
TEC: Sobe e desdetrilha (BG).
LOC: A moradora de Porto Alegre Raquel Schutz também faz um convite às mães que ainda não levaram suas filhas para prevenção.
TEC: Raquel Schutz, professora de Porto Alegre e mãe.
“A gente sabe da importância da prevenção e principalmente do câncer de colo de útero que a gente sabe que é uma doença mata, que atinge muitas e muitas e muitas mulheres. Então que não deixe as suas filhas expostas a esse risco, eu acho que esse é o maior recado.”
LOC: A vacina contra o HPV é disponibilizada gratuitamente nas Unidades Básicas de Saúde do SUS ou em escolas parceiras. Ela foi introduzida no calendário nacional de vacinação no ano passado para atender meninas de 11 a 13 anos de idade. Este ano, o Ministério da Saúde está priorizando a vacinação de crianças e adolescentes de 9 a 11 anos. As meninas e adolescentes com 12 e 13 anos, que ainda não tomaram a primeira ou a segunda dose, também devem procurar as unidades de saúde para atualizarem o cartão de vacinação. A criança ou a adolescente deverá tomar três doses para completar a proteção. Quem recebeu a primeira dose deve receber agora a segunda dose, administrada seis meses depois da primeira, e a terceira, cinco anos após a primeira dose. A meta do Ministério da saúde é de que até o final do ano, 80% das meninas com idade entre 9 e 11 estejam vacinadas. Se você é mãe, pai ou responsável por menina nesta idade, leve-a a uma Unidade de Saúde e leve junto o cartão de vacinação. A vacina é o único meio de garantir a proteção contra o HPV pelo resto da vida. Obtenha mais informações sobre a vacina contra o câncer do colo do útero e o HPV em uma unidade de saúde mais próxima de sua casa e no portal do Ministério da Saúde na Internet,
www.saude.gov.br/hpv.
TEC: Encerra trilha (BG).
