RIO DE JANEIRO: Vinte e um municípios já começaram campanha de vacinação contra febre amarela

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LOC.: Diante do surto de febre amarelano Leste de Minas Gerais e no Oestedo Espírito Santo, a Secretaria Estadual de Saúde do Rio de Janeiro já está realizando a vacinação contra a doença em 21 municípios fluminenses que fazem fronteira com os dois estados. De acordo com a pasta, a ideia é criar um cinturão de bloqueio, impedindo que a doença avance para o estado. A secretaria também informou que ainda não foi notificado nenhum caso da doença no Rio de Janeiro. Segundo o subsecretário de Vigilância em Saúde do estado, Alexandre Chieppe, a indicação para oito desses 21 municípios é de vacinação apenas em áreas específicas.

TEC./SONORA: Alexandre Chieppe, Subsecretário de Vigilância em Saúde do estado.


“Porque o risco que a gente vê hoje da febre amarela no Brasil é a silvestre. A febre amarela transmitida aqui no Rio de Janeiro teria como vetor o Haemagogos, que é um mosquito de característica silvestre. Então, não tem porquê vacinar os centros urbanos dessas cidades maiores, considerando que não há risco de transmissão nessa localidade por conta da ausência do vetor de transmissão da doença.”

LOC.: O subsecretário explica que, por conta da circulação da doença apenas em áreas silvestres, a preferência de vacinação é de pessoas que moram em regiões de zona rural dos municípios que fazem fronteira com a chamada zona de risco de transmissão, ou para pessoas que têm viagem programada para essas localidades.

TEC./SONORA: Alexandre Chieppe, Subsecretário de Vigilância em Saúde do estado.

“A vacinação é indicada, portanto, aqui no Rio de Janeiro, para quem mora nessa faixa de fronteira, nessas localidades específicas, em alguns municípios como Campos, Itaperuna, Resende, Valença, algumas localidades rurais específicas mais próximas à fronteira, e pessoas que vão viajar para áreas fora do estado, de risco, como Goiás, Minas Gerais, para as áreas rurais em que há circulação do vírus, em São Paulo, por exemplo. Não há indicação de vacinação para pessoas que residam em áreas urbanas, no Rio de Janeiro, ou áreas fora dessa zona vacinal que está sendo montada no estado.”

LOC.: Desde a primeira semana de fevereiro, as autoridades de saúde fluminenses fazem ação preventiva e vacinam toda a população de um grupo de 13 municípios. São eles: Cantagalo, Carmo, Comendador Levy Gasparian, Bom Jesus do Itabapoana, Laje do Muriaé, Miracema, Natividade, Porciúncula, Santo Antônio de Pádua, Varre-Sai, Rio das Flores, Quatis e Itatiaia. Além destas localidades, Campos dos Goytacazes, São Francisco de Itabapoana, Itaperuna, Sapucaia, Três Rios, Paraíba do Sul, Resende e Valença têm regiões específicas para vacinação. Segundo a secretaria, nestes municípios, a vacinação é recomendada apenas para moradores das áreas rurais. É importante ressaltar que podem existir dois tipos de febre amarela: a urbana e a silvestre. Desde 1942 não há registros de transmissão da doença nas zonas urbanas no Brasil. Os sinais e sintomas mais comuns da doença são: febre alta, calafrios, cansaço, dor de cabeça, dor muscular, náuseas e vômitos que duram, em média, três dias. Nas formas mais graves da doença, podem ocorrer icterícia (olhos e pele amarelados), insuficiências hepática e renal, manifestações hemorrágicas e cansaço intenso. A única forma de se prevenir contra a doença é a vacinação e, de acordo com o Ministério da Saúde, duas doses da vacina são suficientes para uma proteção até o fim da vida, não sendo necessária uma terceira dose. Se você mora na zona rural próximo a Minas Gerais e Espírito Santo, e ainda não tomou a primeira ou a segunda dose da vacina, vá até o posto de saúde mais próximo com seu cartão de vacinação e previna-se. Para mais informações, acesse o portal do Ministério da Saúde: www.saude.gov.br. 

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