REFORMA TRABALHISTA: Votação é marcada por confusões

SalvarSalvar imagem
SalvarSalvar imagem

LOC.: A sessão do Senado Federal que aprovou o projeto de Lei da reforma trabalhista foi marcada por tumultos e discussões entre parlamentares governistas e de oposição.
As confusões começaram logo no início da sessão. A senadora Fátima Bezerra (PT-RN), que conduzia os trabalhos, impediu o presidente do Senado Eunício Oliveira (PMDB-CE) de assumir o posto na mesa diretora da casa. Com a negativa, Eunício suspendeu a sessão, mandando desligar os microfones e apagar as luzes do Plenário.

Além de Fátima Bezerra (PT-RN), também se negaram a levantar da mesa diretora, as senadoras Ângela Portela (PT-ES), Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), Lídice de Mata (PSB-BA), Regina Sousa (PT-PI), Kátia Abreu (PMDB-TO) e Gleisi Hoffmann (PT-PR).

Diante de críticas de parlamentares, a senadora Gleisi Hoffmann defendeu que a ocupação do plenário foi democrática.

TEC./ SONORA:
Gleisi Hoffmann, senadora (PT-PR)
“Acho extremamente democrático diante da falta de democracia que nós estamos vivendo no país. Quem está ouvindo os trabalhadores? Eles não fizeram campanha dizendo que vão dar meia hora de almoço para trabalhador, não fizeram campanha dizendo que vão tirar insalubridade do local de trabalho e gravidas e de lactantes.”

LOC.:
Depois de quase sete horas de suspensão, o senador Eunício Oliveira decidiu voltar ao plenário e dar início a votação da reforma, mesmo com a mesa ainda ocupada pelas senadoras. À imprensa, Eunício criticou atitude das parlamentares.

TEC./ SONORA:
Eunício Oliveira, presidente do Senado (PMDB-CE)
“A oposição se posicionar, é legitimo. Questionar? é legitimo. (Mas) nem a ditadura militar ousou ocupar a mesa do Congresso Nacional. Isso não existe no regime democrático.”

LOC.:
O senador José Medeiros (PSD-MT) protocolou no Conselho de Ética ação por quebra de decoro contra as senadoras.
Ao todo, 50 parlamentares votaram a favor da reforma trabalhista, 26 se opuseram, e houve uma abstenção. Como não sofreu alterações no Plenário, o PLC 38/2017 segue agora para a sanção do presidente Michel Temer.

Reportagem, João Paulo Machado

Receba nossos conteúdos em primeira mão.