Reforma trabalhista só será eficaz se houver boa fé na relação entre patrão e empregado, argumenta consultor jurídico

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A eficácia das novas leis trabalhistas só será certificada na prática se houver boa fé na relação entre patrão e empregado. É o que analisa o consultor jurídico e professor universitário Pedro Teófilo. O especialista enumera como mudanças favoráveis ao setor educacional privado a regulamentação do trabalho intermitente e do teletrabalho, a possibilidade de tornar flexíveis acordos entre funcionários e escolas, além do fracionamento das férias de professores, por exemplo.

“Quando o professor sai de recesso, tem um período em que a escola fica sem o contato com ele e muitas vezes as atividades pedagógicas acabam sendo comprometidas. Então, com essa possibilidade de fracionamento, afeta diretamente o recesso, e as escolas conseguem então programar melhor as atividades pedagógicas para terem um tempo mais disponível com o professor”.

Para o consultor jurídico, aqueles que se mostram contrários à reforma antes mesmo de testá-la são como pacientes que não tomam remédio por julgar antecipadamente sua ineficácia. A partir de novembro, os brasileiros já deverão seguir as novas leis trabalhistas, que alteram cerca de 100 pontos da CLT. A expectativa do governo é de que as mudanças legais aqueçam o mercado de trabalho e permitam a abertura de novas vagas. Por considerar um tema importante e indispensável para o Brasil, a Confederação Nacional dos Estabelecimentos de Ensino, a Confenen, apoia a reforma trabalhista.

Reportagem, Tácido Rodrigues
 

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