RÁDIOS: Emissoras AM devem pagar de R$ 8 mil a 4 milhões para fazer transição para FM, segundo governo

De acordo com o decreto, publicado no Diário Oficial da União, as rádios, ao fazerem a transição devem apresentar o mesmo conteúdo

 

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REPÓRTER: O governo Federal publicou um decreto, nesta quarta-feira, com os critérios para as emissoras de faixa AM que desejam fazer a transição para a faixa FM. Para fazer a mudança, as emissoras vão precisar fazer uma troca de todos os equipamentos, incluindo transmissores, antenas e equipamentos auxiliares. O diretor geral da Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão, ABERT, Luís Roberto Antonik, afirma que para uma rádio AM continuar aberta, ela deve fazer a transição para a faixa FM.
 
SONORA: Luís Roberto Antonik, diretor geral da ABERT
 
“A desvantagem é que ele vai ter que fazer um investimento totalmente novo. Ele vai construir uma área totalmente nova, gastar o dinheiro que o empresário vai ter que investir, tudo novamente. Ele vai ter que comprar transmissor, torre, cabo, conector, antena, mesa. O equipamento da rádio vai ter que ser feito todo de novo. Mas eu acho que essas duas vantagens: continuidade de serviço e mobilidade, possibilidade dessas rádios ganharem um fôlego novo e um período de vida maior, é muito grande. Se uma rádio AM não migrar, o que vai acontecer com ela? Ela vai desaparecer e vai ter que fechar.”
 
REPÓRTER: De acordo com o ministro das Comunicações, André Figueiredo, o custo do boleto de migração, que deve ser pago ao governo, deve ficar entre oito mil Reais – para as rádios que atuam em cidades de até 10 mil habitantes – e quatro milhões para emissoras de alta potência, que estão em cidades como São Paulo. Atualmente, existem mil setecentos e oitenta e uma emissoras de faixa AM no Brasil, das quais mais de mil e quatrocentas fazem parte da ABERT. De acordo com o diretor geral da associação, Luís Roberto Antonik, o custo da migração é alto, mas deve ser pago para que a rádio não feche.
 
SONORA: Luís Roberto Antonik, diretor geral da ABERT
 
“Com relação aos preços da migração, nós achamos que os preços são caros. No entanto, como se trata de uma oportunidade para que o radiodifusor continue operando o seu negócio e não venha fechar a rádio dele por problemas de qualidade, porque ele não consegue faturar mais. Então nós estamos considerando os preços que o governo colocou, embora a gente ache que eles são altos, eles também são razoáveis porque essas emissoras vão poder continuar.”
 
REPÓRTER: De acordo com o decreto, publicado no Diário Oficial da União, as rádios, ao fazerem a transição devem apresentar o mesmo conteúdo. O valor relativo à migração da rádio deve ser efetuado com base na potência da rádio, população e classificação do município. O período de pagamento do boleto de migração vai do dia 25 de fevereiro a 25 de maio do próximo ano.

 

Reportagem, Sara Rodrigues

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