REPÓRTER: A capital de Rondônia, Porto Velho, é uma das cidades do estado que não conseguiram atingir a meta da segunda fase de vacinação contra o HPV. Até o momento, apenas 21 por cento das meninas entre 11 e 13 anos foram imunizadas. Ao todo, menos de duas mil e seiscentas jovens estão livres do HPV, principal causador do câncer do colo do útero no país. A meta do ministério da Saúde é imunizar 75 por cento do público alvo. Dados do Instituto Nacional do Câncer apontam que 110 mulheres do estado devem ser diagnosticadas com o câncer do colo do útero, este ano. O secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Jarbas Barbosa, destaca que a vacina é a forma mais segura de prevenção ao vírus e ao câncer do colo do útero.
SONORA: Secretário de vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Jarbas Barbosa.
“Vamos lembrar que, essa vacina já é usada em mais de 100 países do mundo, essa vacina tem mais de 50 milhões de doses aplicadas na Europa, nos Estados Unidos. É recomendada essa vacina porque é uma vacina eficaz para prevenir o câncer de colo de útero e, é uma vacina segura. Nós não tivemos nenhuma reação grave associada a essa vacina no Brasil, como não houve em nenhum lugar do mundo. Há reações adversas, como em qualquer produto injetável, reações alérgicas, reações locais. Isso é infinitamente menor do que os grandes benefícios que essa vacina pode produzir”.
REPÓRTER: A menina que tomou a primeira dose da vacina contra o HPV precisa da segunda para continuar imune ao vírus. O diretor de Vigilância das Doenças Transmissíveis do Ministério da Saúde, Cláudio Maierovitch, ressalta que, a vacinação é fundamental para a saúde das jovens na fase adulta.
SONORA: Diretor de Vigilância das Doenças Transmissíveis do Ministério da Saúde, Cláudio Maierovitch
“A vacina atinge um nível próximo de 100 por cento, é superior a 90 por cento de proteção contra o câncer. No entanto, existe a possibilidade de que uma percentagem dessas mulheres, ainda assim, venha a ter infecção. Justamente por isso é importantíssimo que seja mantido todo o cuidado para a detecção, a identificação precoce de qualquer alteração que possa haver. Isso é feito com o exame de papanicolau, que é oferecido às mulheres que têm vida sexual ativa, a partir dos 25 anos de idade, até o fim das suas vidas”.
REPÓRTER: As jovens de Porto Velho, entre 11 e 13 anos, podem tomar a segunda dose da vacina contra o HPV em qualquer uma das 46 unidades de saúde da cidade. Os locais funcionam diariamente, de sete da manhã às sete horas da noite. As meninas não precisam da autorização dos pais para se imunizar. Basta comparecer nos postos de saúde com a caderneta de vacinação ou documento de identidade. As cidades de Cujubim e Nova Mamoré também não conseguiram atingir a meta de 75 por cento de imunização contra o HPV. O primeiro município registra apenas quatro por cento de meninas vacinadas. Já a cidade de Nova Mamoré, conseguiu até o momento, imunizar um por cento do público alvo.
Reportagem, Rodrigo Nunes
