Data de publicação: 17 de Maio de 2017, 08:58h, Atualizado em: 17 de Julho de 2020, 18:31h
LOC.: Tramita na Câmara dos Deputados uma Proposta de Emenda à Constituição que pode alterar algumas regras do sistema eleitoral brasileiro. A PEC 282/2016, aprovada pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado Federal, agora aguarda a instalação de uma comissão especial para ser discutida na Câmara.
Se aprovada, a Reforma Política pode trazer alterações na forma como as eleições são realizadas no Brasil. O deputado Federal Arolde de Oliveira (PSC-RJ) entende que a Reforma Política é necessária e que o sistema eleitoral brasileiro precisa de mudanças. O parlamentar acredita que o cenário só vai melhorar se o Congresso aprovar a proposta e vá ao encontro dos interesses dos brasileiros.
TEC./SONORA: Arolde de Oliveira, deputado Federal (PSC-RJ)
“A reforma política que nós precisamos não é a reforma política que os políticos propõem e do interesse dos políticos. Nós precisamos de uma reforma política que interesse à nação, que corrija realmente os desequilíbrios políticos da nossa nação.”
LOC.: Entre outros pontos, a PEC prevê que o voto em lista fechada – que estabelece que o cidadão vote em candidatos pré-estabelecidos pelos partidos, e não em um só candidato, como é atualmente – seja aplicado no Brasil. Porém, para o deputado Arolde de Oliveira, essa medida só favorece aos políticos que têm influência dentro dos partidos.
TEC./SONORA: Arolde de Oliveira, deputado Federal (PSC-RJ)
“Em uma situação de dezenas de partidos, muitos sem nenhuma estrutura orgânica. Com lideranças que são praticamente proprietários desses partidos, o voto em lista vai perpetuar essas pessoas no comando desses partidos.”
LOC.: Para o cientista político Paulo Moura, essas mudanças no sistema eleitoral interessam, principalmente, à população. Por isso, ele explica como é importante que cada cidadão fique atento ao que pode ou não mudar, caso a reforma seja aprovada.
TEC./SONORA: Paulo Moura, cientista político
“Eu acho importante as pessoas prestarem atenção, porque está em jogo na legislação eleitoral, o futuro do Brasil. É a possibilidade de a gente acabar ou reduzir com a corrupção. Baratear as campanhas eleitorais. E, principalmente, a possibilidade de nós eleitores podermos controlar de forma mais eficiente aqueles a quem nós elegemos”.
LOC.: Outro item presente na matéria é o que proíbe coligações entre partidos nas eleições para eleger deputados e vereadores, a partir do ano de 2020.
Reportagem, Marquezan Araújo
