POLÍTICA: Oposição tentou impedir AGU de defender Dilma na Comissão do Impeachment

SalvarSalvar imagem
SalvarSalvar imagem

REPÓRTER: O presidente da Comissão Especial que analisa o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff, deputado Rogério Rosso do PSD do Distrito Federal, negou, na tarde desta segunda-feira, o pedido feito por parlamentares de oposição para que a defesa da presidente não fosse feita pelo advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo e, sim, por um advogado contratado por Dilma. 
O pedido feito pelo deputado Alex Manente, do PPS de São Paulo, esquentou o clima da comissão e gerou um intenso debate entre os parlamentares. Rogério Rosso chegou a mandar servir suco de maracujá para acalmar os deputados mais exaltados. Nilson Leitão do PSDB sul-mato-grossense considerou que “a presidente não poderia utilizar a máquina pública para defender o governo por crime contra a máquina pública”. Já o parlamentar petista Wadih Damous, do Rio de Janeiro, defendeu o uso da AGU na defesa da presidente. De acordo com ele, a tese dos oposicionistas poderia ser admitida caso se tratasse de um crime comum. No entanto, segundo ele, os atos que estão sendo impugnados foram praticados no exercício da função pública.
Depois de muito debate, o presidente da Comissão Rogério Rosso decidiu que José Eduardo Cardozo poderia defender Dilma Rousseff. Ele considerou o entendimento publicado no site da Advocacia Geral da União, no qual fica claro, segundo Rosso, que a representação da entidade, neste tipo de caso, está prevista na Constituição. Rogério Rosso explicou ainda que não só os presidentes e ex-presidentes, mas a defesa pela Advocacia-Geral cabe também a ex-titulares dos poderes públicos quando algum ato deles em serviço for questionado.

 

Reportagem, João Paulo Machado

Receba nossos conteúdos em primeira mão.