POLÍTICA: OAB pede para que STF obrigue Maia a analisar pedido de impeachment de Temer

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A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), entrou com um mandado de segurança no Supremo Tribunal Federal (STF), solicitando que a Corte obrigue o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ) a analisar o pedido de impeachment feito pela entidade contra o presidente Michel Temer. A ação no STF foi protocolada nesta quinta-feira (17) pelo presidente da Ordem, Claudio Lamachia.
 
O pedido de impeachment contra Temer foi entregue na Câmara no dia 25 de Maio. As justificativas do documento tinham como base as gravações entre o presidente e o empresário Joesley Batista, um dos donos da empresa JBS.
 
O pedido feito pela OAB ao STF repercutiu imediatamente no Congresso Nacional. Na oposição, o deputado Henrique Fontana (PT-RS) disse esperar que a Suprema Corte atenda a solicitação, já que segundo ele, o pedido feito pela entidade é arrasador.
 
“Eu espero que surta algum efeito, porque a consistência do pedido de impeachment assinado pela Ordem dos Advogados do Brasil contra Michel Temer, ela é absolutamente arrasadora. É que a blindagem deste acordo entre Rodrigo Maia, Temer, ela é muito grande. São muitos favorecimentos mútuos, mas a minha expectativa é que a justiça determine que o presidente da Câmara abra a comissão do pedido de impeachment. Ele não pode arquivar isso.”
 
Enquanto a oposição louvou o pedido feito pela entidade, o governo partiu para o ataque contra a Ordem dos Advogados. Segundo o deputado Darcísio Perondi (PMDB-RS), a OAB se tornou um braço político da oposição.
 
“Ouço de muitos advogados que dizem que a sua Ordem dos Advogados virou um instrumento político da oposição, o que é profundamente lamentável. Eu tenho saudades de Afonso Arinos, Pontes de Miranda, era outro nível de lideranças da OAB. A OAB é um braço político da oposição, o que é profundamente lamentável.”
 
Responsável por analisar o mandado de segurança no STF, o ministro Alexandre de Moraes disse nesta quinta que decidirá o assunto até o início da próxima semana.
 
De brasília Brasília, João Paulo Machado

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