POLÍTICA: Deputados rejeitam voto distrital e financiamentos de campanhas por empresas foram aprovados mas não vão valer

Nesta quarta, deputados devem analisar financiamentos de campanha com dinheiro público e o fim da reeleição

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REPÓRTER: O plenário da Câmara dos Deputados rejeitou mudanças no sistema eleitoral do país. Nesta terça-feira, os deputados federais votaram proposta que acabava com as eleições proporcionais e criava o voto distrital para deputados federais, estaduais, distritais e vereadores, o chamado “distritão”. Atualmente, o voto não vai apenas para o candidato, mas também para os partidos e coligações. Esse modelo abre possibilidade de um candidato vencer as eleições mesmo tendo obtido menor número de votos que um concorrente de outra coligação. O voto distrital, rejeitado nesta terça, garantiria eleição ao candidato apenas com os votos que teria, acabando com voto nos partidos e as coligações. Essa proposta era defendida pelo relator do projeto, deputado Federal, Rodrigo Maia, do DEM, do Rio de Janeiro. Ele lamenta a rejeição do projeto.
 
SONORA: deputado Federal, Rodrigo Maia, do DEM - RJ
 
"A derrota não é uma derrota de A ou B, é uma derrota daqueles que querem mudar. Infelizmente, a maioria da sociedade quer mudar o sistema eleitoral, mas a maioria do Plenário quis manter o texto atual, as regras atuais, e nós devemos respeitá-las."
 
REPÓRTER: Já a base aliada da presidente Dilma Rousseff, na Câmara, comemorou a reprovação da criação do voto distrital. O deputado Federal, Henrique Fontana, do PT do Rio Grande do Sul, ressaltou que o voto distrital significaria um retrocesso no sistema eleitoral do país. Ele comemorou a queda do “Distritão”.
 
SONORA: deputado Federal, Henrique Fontana, PT - RS
 
"Nós derrotamos aquilo que era o grande risco de retrocesso para a Democracia do país, que era a aprovação do ‘distritão’, que seria um sistema, como nós colocamos, um paraíso do abuso do poder econômico e fim dos partidos. Um sistema que só é usado no Afeganistão e na Jordânia não podia melhorar a política brasileira."
 
REPÓRTER: Junto com a reprovação do voto distrital, os deputados federais ainda analisaram as regras para o financiamento de campanhas. A proposta que permitia o financiamento de partidos e de candidatos por pessoas físicas e por empresas foi aprovada, mas o projeto mudaria a Constituição e, sendo assim, deveria ter a aprovação de no mínimo 308 deputados, o que não ocorreu. A proposta foi rejeitada também. Nesta quarta, está na pauta dos deputados o financiamento de campanhas com dinheiro público, o fim da reeleição para cargos do executivo e o fim da coincidência das eleições federais e municipais.

 

Com informações da Rádio Câmara, reportagem, Cristiano Carlos

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