POLÍTICA: Delatores citam pagamentos de mais de R$80 milhões de reais em propina a políticos por usinas no Rio Madeira

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REPÓRTER: Senadores e deputados federais estão sendo investigados em oito dos 76 inquéritos autorizados pelo Supremo Tribunal Federal. Os citados nas delações de ex-executivos da Odebrecht que vão ser investigados por receberem mais de 80 milhões de reais em propina em obras das usinas Hidrelétricas de Santo Antônio e Jirau, em Rondônia, são os senadores do PMDB, Romero Jucá, Edison Lobão e Valdir Raupp, do PSDB Aécio Neves, e do PP, Ivo Cassol. Os deputados federais Arlindo Chinaglia (PT-SP), João Carlos Bacelar (PR-BA) e Paulinho da Força (SD-SP) também estão na lista.
 
De acordo com os delatores, a Odebrecht também pagou propina para garantir a aprovação de propostas em tramitação no Congresso, em matérias que gerariam impacto em hidrelétricas. O ex-presidente da Odebrecht, Henrique Valladares relatou um caso em que a empreiteira, vencedora da licitação da hidrelétrica Santo Antônio, acreditava estar sendo prejudicada no projeto. De acordo com Valladares, a empresa teria procurado, em 2008, o então deputado federal Eduardo Cunha, para operar os interesses do consórcio formado pela Odebrecht e a construtora Andrade Gutierrez com outros parlamentares.
 
O ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato, encaminhou as delações a Justiça Federal para realizar analise do caso de Cunha, que perdeu o foro privilegiado após ter o mandato de deputado federal cassado. Todos os parlamentares citados nos inquéritos negam as acusações dos delatores.
 
Com a colaboração de Juliana Gonçalves, reportagem Marquezan Araújo

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