POLÍTICA: CNA anuncia apoio ao impeachment de Dilma Rousseff e critica Kátia Abreu

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REPÓRTER: A Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária do Brasil, a CNA, decidiu declarar apoio formal ao pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff. De acordo com a Confederação, "a presidente da República não tem mais a autoridade política para liderar o processo de reformas nem a capacidade de voltar a unir os brasileiros”. A decisão tomada, nesta quarta-feira, foi motivada, sobretudo, pela declaração feita, no Palácio do Planalto, por Aristides Santo, secretário de Finanças e Administração da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura, a Contag,que defendeu invasões de terra como estratégia para enfrentar o processo de impeachment. As declarações foram feitas diante da presidente Dilma Rousseff e do ministro da Justiça, Eugenio Aragão, que posteriormente, defendeu o discurso do dirigente sindical. Para o presidente da CNA, João Martins da Silva Junior, a postura apresentada pelo ministro diante da declaração é inaceitável.

SONORA:
João Martins da Silva Junior, presidente da CNA
 
"Isso é inaceitável. Como é que o ministro da Justiça, aquele que deve administrar a tranqüilidade do país, a observância das leis, manter todas as instituições que são responsáveis pela tranquilidade da nação. O ministro da Justiça dizer que aceita a violência, aceita atos que são totalmente contra a Lei.”

REPÓRTER
: Entre as 27 federações de agricultura vinculadas à CNA, somente a federação de Tocantins se declarou contra o impedimento da presidente. O estado é o berço político da ministra da agricultura Kátia Abreu, por onde ela foi reeleita senadora em 2014. Kátia Abreu é presidente licenciada da CNA e tem se posicionado contra o afastamento de Dilma Rousseff. Perguntado sobre a postura da ministra, João Martins da Silva Junior disse que Kátia Abreu se afastou do produtor rural.
 
SONORA: João Martins da Silva Junior, presidente da CNA
 
A ministra optou a ficar do lado do governo. Eu não posso dizer que ela abandonou, ou não, eu posso dizer que ela se distanciou do produtor rural. Quando ela optou por continuar a defender um governo que cada dia mais está se desintegrando, automaticamente ela se afastou do produtor rural.”

REPÓRTER:
Para a Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária do Brasil, mesmo que a presidente não seja impedida pelo Congresso Nacional, o governo dela deve ficar muito fragilizado, com apenas um terço dos parlamentares do Congresso e, portanto, não teria condições de promover as mudanças necessárias na economia. De acordo com a confederação, somente um novo governo pode conseguir solucionar os atuais problemas do país. 
 
Reportagem, João Paulo Machado

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