Data de publicação: 31 de Agosto de 2016, 15:00h, Atualizado em: 17 de Julho de 2020, 18:31h
REPÓRTER: A Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal, a ADPF, apresentou à sociedade, em 2015, uma lista de medidas para acabar com a impunidade no Brasil. Agora, com a atuação cada vez mais intensa da instituição em operações como a Lava Jato, as propostas voltam a ser tema de discussão. O objetivo das medidas é tornar a instituição mais autônoma, com melhores mecanismos para reduzir a impunidade no país.
Uma das propostas da ADPF é a criação de uma Coordenação Geral de Combate à Corrupção na Direção Geral da Polícia Federal, em Brasília. Essa coordenação seria a responsável por gerenciar a Delegacias de Combate à Corrupção, como explica o presidente da ADPF, Carlos Eduardo Sobral.
SONORA: Carlos Eduardo Sobral, presidente da Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal
“Uma vez criadas as delegacias em todos os Estados, nós precisamos de uma unidade central, em Brasília, para coordenar as atuações, promover aquisição dos equipamentos, a capacitação dos policiais. Isso é feito através de uma coordenação geral que é ligada a Diretoria de Investigação e Combate ao Crime Organizado, demonstrando a importância do tema para a Polícia Federal. Hoje nós não temos essa Coordenação. Uma vez que são criadas as delegacias estruturadas, elas precisam de uma área de Coordenação para que consigam se estruturar e estejam em pleno funcionamento."
REPÓRTER: A ADPF acredita que a criação de delegacias especializadas em todos os estados do Brasil vai tornar a luta contra a impunidade mais intensa.
Além disso, para que o combate à corrupção seja livre de interferência política e, com isso, mais eficaz, a ADPF batalha, no Congresso Nacional, pela aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) número 412.
A PEC pede pela autonomia administrativa e orçamentária da instituição em relação ao Ministério da Justiça, o que dará mais liberdade às investigações.
Para saber mais sobre as propostas de combate à corrupção no Brasil e sobre como você pode colaborar para a autonomia da Polícia Federal, acesse: adpf.org.br.
Com a colaboração de Bruna Goularte, reportagem, Alexandre Souza
