REPÓRTER: Mais de nove mil e 400 agentes comunitários de saúde e endemias, com ajuda de 200 militares do Exército, estão nas ruas dos 224 municípios do Piauí para combater o mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, chikungunya e do Zika. Os números são da secretaria Estadual de Saúde do Piauí. A meta é que 840 mil residências recebam as visitas dos agentes em todo estado. Mas, para ação ter resultados positivos é necessário que a população facilite a entrada dos agentes nas residências. Ricardo Oliveira trabalha e mora em Parnaíba, cidade que está entre as mais infestadas pelo Aedes. Ele conta que, a visita dos agentes é importante porque alerta todas as famílias do bairro para a necessidade de exterminar o mosquito.
SONORA: Atendente de farmácia, Ricardo Oliveira.
“A importância é muito grande porque às vezes a gente consegue fazer nosso trabalho, mas um vizinho ou algum terreno baldio, consegue, a gente não consegue limpar, então o trabalho da prefeitura junto com os Órgão públicos, facilita essa vistoria.”
REPÓRTER: A atendente de loja, Denyse Moraes é moradora de Picus, outra cidade com alta infestação do Aedes. Ela teme as doenças transmitidas pelo Aedes, principalmente, o Zika vírus.
SONORA: Atendente de loja, Denyse Moraes,
“Eu não quero adoecer, eu não quero ver um filho meu doente, apesar de eu não ter filho. Um irmão tem o meu sobrinho. Quero evitar a doença. Ninguém quer passar por isso.”
REPÓRTER: Piauí conta com 17 veículos fumacê espalhados pelo estado e 50 bombas borrifadoras, utilizadas onde os carros fumacês não têm acesso. O Secretário Estadual de Saúde, Francisco Costa, lembra que, as ações de combate ao Aedes devem ter a participação da população e pede para que todos coloquem em prática as recomendações dos agentes.
SONORA: Secretário Estadual de Saúde do Piauí, Francisco Costa.
"E precisamos sim, que a população participe desse processo, porque ela faz parte desse processo. É deixando realmente que a visita aconteça e absorver esse processo na sua rotina diária. Não esperar apenas a visita do agente público para fazer o monitoramento, mas que ele absorva isso como uma rotina de vida.”
REPÓRTER: O Ministério da Saúde recomenda que cada família dedique 15 minutos por semana para combater o Aedes aegypti. O Ministro da Saúde, Marcelo Castro, alerta que não existem remédios ou vacina para o tratamento do Zika e, a única forma de se proteger é evitar que o mosquito nasça.
SONORA: Ministro da Saúde, Marcelo Castro
“Como nós não temos vacina, nós só temos um caminho a trilhar: é eliminar o mosquito para que ele não transmita nem a dengue, nem a chikungunya e nem o vírus Zika.”
REPÓRTER: De acordo com o Ministério da Saúde, 70 por cento da população do Aedes Aegypti nasce dentro de casa. Por isso, a participação da população é fundamental. Saiba mais na internet, no endereço www.
combateaedes.saude.gov.br Reportagem, Marquezan Araújo