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LOC: Eliana Almeida é uma psicóloga de Recife de 46 anos que teve uma ideia inovadora. Ela está na profissão há 17 anos e há dez neuropsicologia. Ao longo do tempo de atuação que teve na área, percebeu que as famílias de crianças com microcefalia precisavam de informação, apoio e confiança. Com isso, resolveu ajudá-las e investiu por iniciativa própria em um projeto: ‘Congresso Nacional de Microcefalia’, com palestras online e gratuitas.
São no mínimo de 21 palestras durante uma semana. Três vídeos diários para abordar o tema da microcefalia com profissionais de várias áreas, para, assim, conhecer o assunto diante de várias perspectivas. Psicólogos, enfermeiros, biólogos, pediatras, fisioterapeutas, oftalmologista, fonoaudiólogos, nutricionista, entre outros. Além disso, conta também com pais de crianças com microcefalia provenientes ou não do Zika para falar da experiência que estão vivendo, esclarecer as angústias e dúvidas para quem também está passando por isso.
Mas o congresso não se restringe às famílias. É direcionado para um público geral, que queria saber mais sobre a temática. Inclusive, voltado, também, para os profissionais terem contato com pessoas das áreas para se capacitarem e, assim, receberem essas crianças da melhor forma. Como na educação, por exemplo, que precisa haver um treinamento para atender essas crianças, assim como explica Eliana.
TEC/SONORA: Eliana Almeida, psicóloga e neuropsicóloga clínica.
“É claro que a gente ainda tem um déficit muito grande no campo da educação para fazer um acolhimento dessas crianças. Tanto que as mães não estão aderindo as creches que estão se abrindo a essa possibilidade de receber. As mães não estão aderindo porque estão inseguras e os profissionais de educação também estão inseguros. Mas de uma forma indireta, o acesso a essa informação tem contribuído com a mudança de mentalidade das pessoas em relação a essas crianças e as necessidades que elas têm de apoio para se desenvolver.”
LOC: Ano passado, eles esperavam a adesão de cinco mil pessoas. Porém, o alcance foi maior e tomou proporções que nem Eliana podia imaginar. O congresso atingiu 37 mil pessoas em 16 países. Este ano, a nova edição ocorrerá da semana do dia de cinco a 11 de junho de 2016. A psicóloga tem uma nova expectativa para essa vez: conta com 50 mil pessoas.
Uma novidade em relação a 2016 é que agora entrará em ação uma proposta de inclusão. A psicóloga está trabalhando no congresso para que tenha interpretação das palestras em libra e legendas em inglês. Assim, fica acessível para mais gente e também para as pessoas que acompanham do outro canto do mundo.
O congresso foi tão produtivo ano passado que deu voos longos. Para se ter uma noção, algumas pessoas do interior do país, ou que não têm fácil acesso à informação, participaram do congresso online e, com isso, montaram alguns centros de apoio e de assistência às famílias de crianças com síndrome congênita do Zika. Então, como tiveram a qualificação com o congresso, começaram a repassar os conhecimentos adiante.
TEC/SONORA: Eliana Almeida, psicóloga e neuropsicóloga clínica.
“Isso para mim foi muito gratificante. Muito gratificante. Então, de fato, foi um trabalho que superou todas as minhas expectativas, continua superando a cada ano porque este não é um trabalho que se realiza só durante o período do congresso. Este é um trabalho que acontece o ano inteiro. E, de fato, eu sou grata pela oportunidade que tenho tido, mesmo do meu lugar, de iniciativa privada, dar apoio para essas famílias e sobretudo para essas crianças.”
LOC: Desde 2015, o Estado de Pernambuco registrou 2.296 casos da síndrome congênita associada à infecção pelo Zika. Este ano, até o momento, foram notificados à Secretaria de Saúde 47 casos. O Zika é transmitido pelo mesmo mosquito da Dengue e Chikungunya. Para prevenir é preciso utilizar preservativo, pois o vírus pode ser transmitido sexualmente. Além disso, a população deve tomar cuidado com água parada, como conta Claudenice Pontes, gerente do Programa de Controle das Arboviroses de Pernambuco.
TEC/SONORA: Claudenice Pontes, gerente do Programa de Controle das Arboviroses de Pernambuco.
“Vamos vedar bem todos os depósitos de água, que é esse depósito que favorece a proliferação do mosquito, não só dentro de casa, mas também fora. No seu quintal, será que não tem uma tampinha de refrigerante, algum depósito que possa armazenar água? Essas chuvas que estão vindo agora já podem contribuir, uma porçãozinha de água já é suficiente para que o mosquito faça ali a sua criação. Então evite isso, vamos evitar. ”
LOC: Para saber mais sobre o congresso que Eliana está organizando acesse congressomicrocefalia.com.br e para mais informações de prevenção e combate do mosquito entre no site saude.gov.br/combateaedes.
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