PERNAMBUCO: Passa de 390 o número de casos de microcefalia no Estado

Até agora, a Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco já confirmou 393 casos de microcefalia, por isso é fundamental eliminar criadouros do mosquito para reduzir o número de casos das doenças do Aedes aeqypti no Estado. 

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LOC: Jamile tem apenas um aninho e cinco meses de vida e já enfrenta uma dura realidade. Natural de Recife, a pequena nasceu com microcefalia, doença que altera o tamanho da cabeça e compromete o desenvolvimento. A microcefalia tem relação com o vírus Zika, transmitido pelo mesmo mosquito da Dengue e da febre Chikungunya. Vale lembrar que mulheres grávidas contaminadas pelo vírus não apresentam sintomas da doença, por isso o pré-natal é fundamental para as futuras mamães. Crislene, mãe da pequena Jamile, conta que o dia a dia de sua filhinha que tem microcefalia, não está sendo nada fácil.

 

TEC/SONORA: Crislene Feitosa de Freitas Silva, Do lar.

 

“Minha rotina mudou 100%. Ela ainda não consegue controlar o pescoço. Pois, assim, uma criança com um ano e cinco meses já está até andando e ela não faz. Com ela tem que ser um trabalho redobrado, o tempo todo. Na alimentação e tudo. No caso, o que ela deveria fazer com meses, ela vai fazer com anos. A gente nunca pode achar que nunca acontece com a gente, porque um dia pode acontecer.”

 

LOC: Não é só a pequena Jamile que está enfrentando essa dura realidade. Até agora, a Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco já confirmou 393 casos de microcefalia, por isso é fundamental eliminar criadouros do mosquito para reduzir o número de casos das doenças no Estado. Outra preocupação que o Pernambuco está enfrentando é o armazenamento incorreto de água parada. Segundo a coordenadora de Arboviroses da secretaria estadual de Saúde, Claudenice Pontes, nesse período de fim de ano, a região do Agreste e a Zona da Mata são abastecidas com carro pipa, por isso a população precisa improvisar reservatórios de água em casa. 

 

TEC/SONORA: Claudenice Pontes, coordenadora de arboviroses da Secretaria de Saúde do Estado

 

“Esse é o nosso maior problema. Eles usam muito aqui, balde, tonéis. Então a gente orienta para que a população armazene, adequadamente, não deixe nenhuma abertura, para que o mosquito possa entrar e proliferar. Se você encontrar larvas no seu depósito, tente recolher, que aquilo ali pode virar um mosquito transmissor de doenças. Então, a única forma é fazer uma vedação adequada.”

 

LOC: Vasilhas, vasos de plantas, garrafas e qualquer tipo de reservatório que acumule água parada, podem ser criadouros do mosquito, por isso a participação da população é muito importante para vencermos essa guerra. Em Pernambuco, três mil e setecentos agentes comunitários de endemias fazem visitas de rotina nos 184 municípios do Estado para conscientizar os moradores e identificar objetos e locais de risco em casa. Mesmo com as ações de combate ao inseto, o gerente estadual de Vigilância em Saúde, Jurandir Almeida, faz um alerta à população pernambucana ficar atenta com os focos do mosquito.

 

TEC/SONORA: Jurandir Almeida, gerente estadual de Vigilância em Saúde

 

“Nós estamos desde novembro do ano passado em regime de plantão. Todos os feriados, todos os fins de semana, nós temos equipes nos campos fazendo visitas domiciliares, intensificando as ações, sempre lembrando a população não dar espaço para o mosquito estar reproduzindo.”

 

LOC: A Dengue, a febre Chikungunya, o vírus Zika e a microcefalia estão perdendo força em Pernambuco, mas ainda registram um número alto de casos. Até o momento, mais de 53 mil casos das doenças transmitidas pelo mosquito foram confirmadas. É muita gente doente, não é? Então, faça parte desse time e ajude a evitar que o número de casos aumente no Estado. Somente com a participação de cada um é possível vencer a guerra contra o mosquito. Saiba como identificar e eliminar criadouros no site, saude.gov.br/combateaedes. 

 

 

 

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