Data de publicação: 13 de Abril de 2017, 01:43h, atualizado em 17 de Julho de 2020, 18:31h
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LOC: A pernambucana Germana Soares, de 25 anos, estava grávida de quatro meses quando descobriu que tinha pegado Zika. Apesar do incômodo da doença, ela não tinha nem ideia de que seu pequeno Guilherme nasceria com microcefalia, uma condição de má-formação no cérebro que pode causar graves complicações durante toda a vida do bebê.
O pré-natal foi feito corretamente. Todos os exames estavam normais. Os médicos só descobriram que o pequeno Guilherme tinha microcefalia depois que ele nasceu. Daí em diante, a vida de Germana tomou outro rumo: ela largou o emprego e começou a dedicar todo o tempo para cuidar do bebê. A dona de casa conta sobre os desafios da rotina de cuidados com Guilherme.
TEC/SONORA: Germana Soares, dona de casa.
“Quando uma criança vem com deficiência para uma família, ela vem para ensinar algo. Nada é em vão. Para tudo existe um propósito. Lógico que o nosso dia a dia e a nossa rotina são muito difíceis. Eu parei de trabalhar para poder acompanhar e dar a assistência que o Guilherme merecia e precisava. Porque eu não posso adiar a estimulação dele para daqui um ano, dois anos. Tem que ser agora.”
LOC: O pequeno Guilherme hoje já tem um aninho e ainda precisa das sessões de fisioterapia, fisioterapia ocupacional, fonoaudiologia, além de hidroterapia e natação. E, assim como Guilherme, os bebês que nascem com complicações causadas pelo vírus Zika também precisam de cuidados especiais durante toda a vida. É por isso que o Ministério da Saúde vai repassar nove milhões de reais para bancar quatro Centros Especializados em Reabilitação (CER) em Pernambuco. Esses Centros oferecem assistência integral e gratuita pelo Sistema Único de Saúde (SUS) às crianças com síndromes causadas pelo Zika,
Além disso, o Ministério anunciou o investimento de 10 milhões de reais para novas pesquisas sobre o tema. Esse recurso também financiará um Biobanco Nacional, que servirá de suporte aos especialistas e pesquisadores. O ministro da Saúde Ricardo Barros entende que a ampliação do investimento é fundamental para o Brasil.
TEC/SONORA: Ricardo Barros, ministro da Saúde.
“Então há um esforço enorme nosso de produção de conhecimento, de apoiar quem quer fazer desenvolvimento de conhecimento sobre o Zika. Para que a gente possa não só atender essa demanda, como também compartilhar com o resto do mundo esse conhecimento”.
LOC: Na avaliação de Maria Ângela Rocha, que é coordenadora do Serviço de Infectologia Pediátrica do Hospital Oswaldo Cruz, em Pernambuco, o estímulo precoce é essencial para o desenvolvimento das crianças que nasceram com complicações causadas pelo Zika.
TEC/SONORA: Maria Ângela Rocha, coordenadora do Serviço de Infectologia Pediátrica do Hospital Oswaldo Cruz.
“As crianças com microcefalia, e que têm algum problema da síndrome congênita, elas têm necessidades especiais. E a estimulação precoce, o atendimento multiprofissional, a fisioterapia, a fono… São fundamentais.”
LOC: A história de Guilherme e Germana é apenas um exemplo das dificuldades enfrentadas pelas famílias que foram prejudicadas pelo Zika. Por isso, é fundamental que toda a população contribua para que futuras mamães não peguem o vírus. Basta que, uma vez por semana, você faça uma limpeza em casa e não deixe nenhum recipiente com água parada. É nesses lugares que nascem os mosquitos que transmitem a doença. Para saber mais sobre como você pode proteger sua família, amigos e vizinhança do mosquito, acesse o site: saude.gov.br/combateaedes.
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