PARANÁ: Mais de 3 milhões de imóveis deve ser vistoriados no combate ao Aedes, no estado

Quatro mil agentes de endemia já estão nas ruas para conscientizar a população

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REPÓRTER: O Paraná está em guerra contra o Aedes Aegypti, mosquito transmissor da dengue, chikungunya e do vírus Zika. São cerca de quatro mil agentes de endemias que, junto ao Exército e aos agentes comunitários de saúde, já estão nas ruas de todo o estado para conscientizar a população sobre a necessidade de combater, identificar e destruir os criadouros do Aedes. Laís Gobbi tem 52 anos e trabalha com serviços gerais. Ela mora no bairro Jardim Alvorada, em Maringá, uma das cidades do estado que mais tem casos de dengue. Na família de Laís, o pai e a filha já tiveram dengue. Ela espera que todos vizinhos entrem na guerra contra o Aedes e facilitem a entrada dos agentes nas residências de Maringá.

 

SONORA: Laís Gobbi, Serviços Gerais

 

“Então, eu gostaria que todo mundo aceitasse os agentes de saúde na casa, porque é muito importante pra todo mundo, né? Porque tanto pra mim, quanto pra eles mesmos, pra prevenir. Pra eles e pra todos os vizinhos, parentes. Porque se cuidar, o mosquito não vai morder nem vai passar. Então eu acho muito importante todo mundo receber o agente da saúde em casa.”

 

REPÓRTER: De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde, além de Maringá, Londrina e Foz do Iguaçu estão entre as localidades com mais casos dengue e sofrem com alta infestação do Aedes. No Paraná, nove casos de microcefalia não foram atribuídos ao Zika e outro continua sendo investigado. Os dados são do Ministério da Saúde. Elizete Ferreira, mora no Conjunto Violim, em Londrina e sabe que, além da dengue, o Aedes aegypti transmite o Zika vírus. Ela pede que os vizinhos e toda a população de Londrina faciletem a entrada dos agentes nas residências.

 

SONORA: Elizete Ferreira, Cozinheira

 

“Eu acho assim, que cada um tem que fazer a sua parte. Quando a chega aqui pra gente as meninas que trabalham... Ver certinho que elas estão uniformizadas, ver que é da dengue mesmo e deixar entrar, porque isso é muito importante mesmo. Porque a gente olha, mas a gente não sabe como que é. E eles já sabem, tem toda a prática. Olhar direitinho, se tem foco, se não tem. Eu acho muito importante todo mundo colaborar com isso, pra ver se acaba um pouco com isso aí, pra gente ter mais segurança também.”

   

REPÓRTER: No Paraná, os agentes comunitários de endemias já visitaram aproximadamente 900 mil residências em todo o estado. O Diretor Geral da Secretaria de Saúde, Sezifredo Paz, explica que, a população do estado não está facilitando a entrada dos agentes nas casas. Ele lembra que, os profissionais estão devidamente identificados com uniformes e crachás.

 

SONORA: Sezifredo Paz, Diretor Geral da Secretaria de Saúde do Paraná

 

“É muito importante que o cidadão, o proprietário de um imóvel, de uma residência, de um terreno propiciem que os agentes de endemia tenham acesso pra fazer essa inspeção para orientá-los em relação a potenciais criadouros do Aedes aegypti. São agentes capacitados, pessoas identificadas, e que trarão para o imóvel, para o cidadão uma maior segurança do ponto de vista sanitário.”

 

REPÓRTER: A recomendação do Ministério da Saúde é que, cada família reserve 15 minutos por semana para combater o mosquito Aedes. A principal forma de se proteger do Zika e microcefalia, da dengue e chikungunya é impedir que o mosquito nasça.  O Ministro da Saúde, Marcelo Castro, chama a atenção para a necessidade de uma rotina de combate ao mosquito.

 

SONORA: Marcelo Castro, Ministro da Saúde

 

O que a gente precisa ter a compreensão é a de que é um trabalho que é duradouro, que nós não vamos eliminar o mosquito de uma hora para outra e que é preciso ser uma ação continuada, rotineira, sistemática.”

 

REPÓRTER: De acordo com o Ministério da Saúde, 70 por cento da população do Aedes Aegypti nasce dentro de casa. Por isso, a participação da população é fundamental. Saiba mais na internet, no endereço combateaedes.saude.gov.br.

 

Reportagem, Bruna Goularte

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