PARÁ: Tribunal realiza ação para combater o trabalho infantil

No dia 12 de junho, Dia Mundial de Combate ao Trabalho Infantil, o Tribunal Regional do Trabalho da 8ª Região, ​por meio​ da Comissão de Erradicação do Trabalho Infantil e seus parceiros, realizarão diversas ações.

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REPÓRTER: Ana Lúcia, nome fictício de nossa personagem, dos 8 aos 9 anos de idade, vendeu sucatas na rua para ajudar a família. Não ganhava mais do que dez reais ao dia e que, segundo Ana Lúcia, dava para comprar uma roupa.
 
SONORA: Ana Lúcia.
 
“A gente pegava algumas sucatas, a gente lavava elas e depois ia vender ou então nós mesmos fazíamos algumas coisas pra brincar, acho que não passava de dez reais de cada dia, mas dez reais ajudava, dava pra gente comprar uma roupa.”
 
REPÓRTER: No dia 12 de junho, Dia Mundial de Combate ao Trabalho Infantil, o Tribunal Regional do Trabalho da 8ª Região, ​por meio​ da Comissão de Erradicação do Trabalho Infantil e seus parceiros, realizarão diversas ações com o objetivo de conscientizar a população sobre os males do trabalho infantil e a necessidade de sua erradicação. A ideia é expulsar da região todo o trabalho infantil, como ressalta a juíza do Trabalho Maria Zuíla Dutra.
 
SONORA: Juíza Maria Zuíla Lima Dutra
 
“Quando mostramos a uma criança o cartão vermelho, ele sabe o que significa, é expulsão, e é isso que nós queremos expulsar da nossa região o trabalho infantil, porque nós convivemos com um número muito elevado do trabalho infantil.”
 
REPÓRTER:   O foco das ações que serão realizadas no próximo dia 12 será o trabalho de crianças e adolescentes dentro de coletivos e nos sinais de trânsito da capital.  A primeira fase de mobilização contra o trabalho infantil teve como ponto principal a realização da “Marcha de Belém contra o Trabalho Infantil”, ocorrida no dia 01 de março deste ano, onde mais de 20 mil pessoas participaram da mobilização em torno de uma causa. De acordo com a juíza Maria Zuíla Dutra, as crianças que trabalham têm suas infâncias amputadas.
 
SONORA: Juíza Maria Zuíla Lima Dutra.
 
“Elas têm suas infâncias amputadas, não têm condições de desenvolver plenamente suas potencialidades, porque isso só ocorre quando a criança tem suas atividades prioritárias, que são estudar, brincar, conviver com seus familiares, com os amigos. Então não pode ser suprimida essa fase da vida, porque compromete toda a vida da pessoa”.
 
REPÓRTER: No dia 13 de junho, sábado, de oito e meia da manhã até o meio dia, a ação de conscientização terá continuidade na praia de Outeiro, junto aos barraqueiros e público que frequentam o local, com a parceria do MPE, Promotoria de Icoaraci, Conselho Tutelar de Outeiro, Agência Distrital de Outeiro e Acadêmicos da Faculdade Maurício de Nassau. Ao longo da semana, ações da Campanha serão realizadas por parceiros, nos municípios de Santarém, Parauapebas, Marabá, Abaetetuba, Castanhal, Capanema e Limoeiro. De acordo com dados da última Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios, PNAD, o Brasil ainda possui mais de ​ três milhões de crianças entre 05 e 17 anos trabalhando, sendo 198 mil no estado do Pará, com maior concentração entre os jovens de 15 a 17 anos.
 

Com informações do TRT da 8ª Região, reportagem, Storni Jr.

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