PARÁ: Judiciário realiza campanha Justiça Pela Paz em Casa

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REPÓRTER:  A dona de casa Regina Santos, nome fictício da personagem, contou que foi agredida fisicamente pelo companheiro. Mesmo sendo ameaçada, resolveu enfrentar o problema e continuar a vida.
 
SONORA: Dona de casa Regina Santos.
 
No começo era assim, a gente caminhando de mãos dadas, era aquele apertão na mão, aquele repuxão, eu já cheguei a tomar tapa na cara, um dia ele me ameaça assim, não só em bater, mas ele ia me perseguir se eu terminasse, eu tive que enfrentar, enfrentar não a ele, mas enfrentar a eu mesma, ter coragem pra continuar a vida.” 
 
REPÓRTER: No período de 3 a 7 de agosto, vai ocorrer a 2ª fase da campanha “Justiça pela Paz em Casa, Nossa Justa Causa”, sob a responsabilidade da Coordenadoria Estadual de Mulheres em Situação de Violência Doméstica do Tribunal de Justiça do Pará. A campanha tem o objetivo de acelerar audiências e julgamentos de processos que envolvam violência ou grave ameaça contra a mulher. Também vai ocorrer durante a campanha a “Patrulha Maria da Penha”, como será conhecido o contingente policial, que é fruto de um termo de cooperação técnica com a Secretária de Segurança Pública. A Lei Maria da Penha completa nove anos de existência e de acordo com juíza titular da 1ª Vara de Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher da Capital, Rubilene do Rosário, iniciativas como essa se juntam à Lei Maria da Penha, um marco, na opinião da magistrada. 
 
SONORA: Juíza Rubilene Rosário.
 
“Ela (a lei Maria da Penha) veio justamente para fazer com que houvesse essa mudança de valor, essa mudança de comportamento com relação a violência no âmbito familiar. Então veio para nos educar. O Judiciário só não tem como mudar essa historia. Mas, de mãos dados com os demais poderes da sociedade civil, sim, a gente pode fazer uma grande diferença na forma como a gente está escrevendo isso a partir da lei Maria da Penha.”
 
REPÓRTER: No período da campanha, o Prédio-sede do TJPA, na Avenida Almirante Barroso, será iluminado na cor lilás para chamar atenção ao tema.  A juíza auxiliar da coordenadoria estadual de Combate à Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher Mônica Maciel, destaca que toda mulher vitima de violência deve procurar imediatamente seus direitos.
 
SONORA: Juíza Mônica Maciel.
 
Toda mulher que for vitima, seja de violência física, moral, violência sexual, qualquer tipo de violência, ameaça, seja ameaça de morte ou lesão corporal, que realmente possam procurar seus direitos que serão devidamente garantidos e ficará realmente preservado  na sua integridade física e psicológica.”
 
REPÓRTER: A campanha é feita em parceria com a OAB Pará, Ministério Público, Defensoria, Secretaria de Segurança Pública e Prefeitura de Belém.  A 2ª fase da campanha “Justiça pela Paz em Casa, Nossa Justa Causa”, ocorrerá no Auditório Agnano Lopes, no 3º andar do Fórum Cível, no Bairro da Cidade Velha, em Belém. A coordenadoria Estadual de Combate à Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher tem a frente à desembargadora Vera Araújo de Souza.
 

Reportagem, Storni Jr.

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