PARÁ: Judiciário debate violência contra mulher em canteiro de obras

Palestra sobre violência contra a mulher realizada pelo Judiciário, em parceira com o Pro Paz e o Sindicato da Indústria da Construção do Estado do Pará

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REPÓRTER: O encanador Luciano dos Santos, 40 anos, que trabalha na obra do conjunto Quinta dos Paricás, em Outeiro, participou da palestra sobre violência contra a mulher realizada pelo Judiciário, em parceira com o Pro Paz e o Sindicato da Indústria da Construção do Estado do Pará (Sinduscon). Luciano disse que a palestra valeu pelo aprendizado.

 
SONORA: Encanador, Luciano dos Santos.
 
“Algumas obras não têm esse privilégio de ter esses conhecimentos, porque a gente pensa que a gente sabe tudo, mas a gente não sabe nada. Então, é bom a gente aprender com os companheiros mais um pouco, para quando tiver alguém lá fora e quiser debater com a gente, a gente tem uma resposta para dar em um certo limite”.
 
REPÓRTER: Durante a palestra, mais de 500 trabalhadores da construção civil que atuam na obra do Quinta dos Paricás acompanharam ações de prevenção e orientação voltadas ao combate à violência contra a mulher. Os debates foram realizados pela equipe multidisciplinar das Varas de Violência Doméstica e Familiar, pelo Pro Paz e o Sinduscon. Do total de funcionários na obra, apenas cinco são mulheres. A auxiliar de serviços gerais Maria das Graças Souza, 27 anos, fala da relevância do debate. 
 
SONORA: Serviços gerais, Maria das Graças Souza.
 
“Muito bom, justamente porque quem olha assim diz que homem, a maioria, são mais para o negócio de violência, a maioria. Em obra, então, que é onde tem bem homem, bastante, dificilmente é mulher que tem na obra, porque eles, a maioria, tem preconceito de contratar mulher, então, é muito bom mesmo conversar, que é o lugar onde tem mais homem para se conversar sobre isso”
 
REPÓRTER: A palestra também é parte do projeto “Mãos à Obra: Trabalhadores Difundindo uma Cultura de Paz e Respeito à Mulher”, do Judiciário. A coordenadora da Mulher Vítima de Violência Doméstica e Familiar do Judiciário, desembargadora Elvina Gemaque Taveira, destaca a importância da ação.  
 
SONORA: Coordenadora da Mulher Vítima de Violência Doméstica e Familiar do Judiciário, desembargadora Elvina Gemaque Taveira.
 
“Vamos buscar agora os homens, vamos trabalhar esta cultura machista. Porque muitas vezes é assim, se fica pensando que a gente fica só na acusação, acho que não é só acusar, é dar chance, oportunidade ao homem de ser trabalhado, e o homem trabalhado, com certeza, vai ser um homem melhor no seu lar”.
 
REPÓRTER: A iniciativa do Judiciário também é alusiva ao Dia Mundial de Combate à Violência contra a Mulher, em 25 de novembro, uma oportunidade para refletir sobre dados como o da Organização Mundial da Saúde, que coloca o Brasil na quinta posição na taxa de homicídios contra mulheres.
 
Reportagem, Thamyres Nicolau
 

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