Número de matrículas no ensino superior cresce em dez anos, mas fica abaixo do esperado

Em comparação a 2015, o crescimento nas matrículas foi de apenas 0,2% em 2016

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O número de matrículas no ensino superior entre 2006 e 2016 cresceu, mas não no ritmo esperado. O aumento foi de 62,8% em dez anos, mas em comparação a 2015 o crescimento foi de apenas 0,2%. Atualmente, são mais de oito milhões e trezentos mil matriculados em cursos de graduação no País, sendo que o número de ingressantes é de quase três milhões. Em 2015, o número chegava a oito milhões e trinta e três mil. Os dados foram divulgados pelo Inep (MEC) na manhã dessa quinta-feira (31) e fazem parte do Censo da Educação Superior mais recente.

Segundo a publicação, mais de 87% das instituições de ensino superior no País são privadas. Isso que dizer que das 2.407 instituições brasileiras menos de 300 são públicas. Menos de 10% das instituições de ensino superior são universidades, mas são elas as detentoras do maior número de matrículas na educação superior, com mais de quatro milhões de inscritos.

Já no perfil de docentes, a maioria dos professores, seja na rede pública ou na privada, é de homens. A idade média é de 34 anos e o doutorado é o título predominante nas instituições públicas. Já em relação às matrículas nos cursos, são as mulheres que dominam o ranking. A idade média de estudantes é de 21 anos para os cursos presenciais e de 28 anos na modalidade à distância.

Paraíba e Roraima são os estados onde o número de matriculados na rede pública supera o da rede particular. São Paulo, DF, Rondônia, Espírito Santo, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul têm proporção de alunos em cursos presenciais maior na rede privada do que a média nacional, enquanto Minas Gerais iguala a essa média, que é de 2 alunos e meio na rede privada para cada matriculado na rede pública.

As graduações à distância estão crescendo. Os dados do Censo mostram um aumento de 7,2% nessa modalidade, enquanto houve baixa de 1,2% no presencial entre 2015 e 2016.

Para ver mais informações sobre a educação superior no Brasil, acesse a página inep.gov.br.

De Brasília, Jalila Arabi.

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