REPÓRTER: O surto de Febre Amarela tem assustado a população, principalmente, a do estado de Minas Gerais que concentra o maior número de casos. O vírus é mais comum na área silvestre, onde é transmitido pelos mosquitos dos gêneros Haemagogus e Sabethes. O vírus circula em regiões de matas e atinge os macacos. Esta relação da doença com os primatas gera muitas dúvidas na população. Pois, associam que os macacos são os transmissores da Febre Amarela. Em algumas regiões, chegam a sacrificar os animais. O diretor técnico do Núcleo de Doenças de Transmissão Vetorial do Adolfo Lutz, Renato Pereira, explica a importância de manter esses macacos vivos, pois eles são como os sentinelas que anunciam a presença da doença na região e são tão vítimas como os Seres Humanos.
SONORA: Renato Pereira, diretor técnico do Núcleo de Doenças de Transmissão Vetorial do Adolfo Lutz.
“Porque os macacos mantidos nas florestas, o macaco em um ambiente silvestre, ele representa para nós uma bandeira, uma sinalização da presença do vírus e da circulação. A presença da Febre Amarela muitas vezes é destacada primeiro quando a vigilância tem a percepção da circulação dos macacos e depois vai perceber que está ocorrendo caso humano. Então, se começa a matar macaco, começam a prejudicar essas populações, essa pressão que o vírus vai fazer nele, além de prejudicar ainda mais aquela população, pode ser que passe despercebido pelas unidades de vigilância. E aí quando o vírus atacar o Ser Humano, a gente não teve tempo de perceber que estava ocorrendo aquela circulação.”
REPÓRTER: É importante lembrar, que a melhor forma de prevenir a Febre Amarela é com a vacinação. O Ministério da Saúde ressalta que pessoas que já tomaram duas doses da vacina ao longo da vida, não precisam receber novamente, pois são consideradas imunizadas.