LOC: Febre, dores de cabeça, coceira no corpo, dores nas articulações. Esses são os sintomas da Chikungunya, doença que pode comprometer a função motora de quem a contrair e não realizar os devidos cuidados. Essa patologia está diminuindo em Minas Gerais, mas, os altos números ainda preocupam a população. Em fevereiro de deste ano, o número de notificações da doença chegou a 2559, diminuindo no mês de março para 557 casos, até o momento.
Mesmo assim, somadas todas as notificações dos três primeiros meses do ano, o número de casos já chega a 3808, o recorde da doença desde o ano de 2014. O consultor da Sociedade Brasileira de Infectologia, Kleber Luz, explica um pouco mais sobre a doença, que tem aumentado na região mineira.
TEC/SONORA: Kleber Luz, consultor da Sociedade Brasileira de Infectologia.
“Ela se caracteriza por uma febre alta, pode também ter manchas que causam coceiras no corpo, os olhos podem ficar avermelhados, dor de cabeça, pode haver náuseas, vômito, mas o que marca a doença é a capacidade de comprometer as juntas, então as articulações como da coluna e dos punhos, joelho, tornozelo, podem ficar muito inchados e uma dor incapacitante.”
LOC: Caso este, que foi confirmado em uma balconista. Bibiane da Silva trabalha na Drogaria Status, situada na região do Barreiro, em belo Horizonte. Por conta da Chikungunya, ela ficou dez dias sem trabalhar, até retomar as atividades do cotidiano. Ela conta um pouco mais sobre o que sentiu, antes de descobrir que estava doente. Mesmo assim, o tempo de recuperação foi lento e gradativo. Alimentação, apesar de aos poucos também, era diariamente rejeitada, fazendo com que Bibiane se nutrisse apenas com líquidos.
O mais curioso foi que a filha da balconista também foi picada pelo mosquito. Mas teve dengue, por duas vezes. Hoje em dia, existe um medo por parte da família de Bibiane, já que duas pessoas foram vítimas de doenças parecidas. Atualmente, os cuidados na casa da atendente são redobrados, fazendo com que todos os possíveis focos para a proliferação do mosquito sejam fiscalizados constantemente.
TEC/SONORA: Bibiane da Silva, balconista.
“Eu, particularmente, me preocupo bastante. Todas as lixeiras lá de casa têm tampa, garrafas pet, sempre que desocupa, também já tampo, Não descarta sem tampa, latinha também. Planta lá em casa, quando molha, já escorre o pratinho, já vai embora. É uma situação complicada, porque, se eu deixo de cuidar, prejudico a mim e aos meus vizinhos.”
LOC: Minas Gerais passa pela maior evolução das investidas do mosquito. Infelizmente, um óbito foi registrado. Está sendo investigado, até a realização desta reportagem. A população deve encarar esse assunto grave, com seriedade, igual a Bibiane. Mesmo que ninguém conhecido tenha sido acometido por alguma das doenças.
Mas e você? Tem feito a sua parte? Ajude também a não deixar que o mosquito se prolifere. Para saber mais sobre as doenças e formas de combater o mosquito, acesse o site saude.gov.br/combateaedes. Ministério da Saúde. Governo Federal.