MINAS GERAIS: Estado se engaja na luta contra a Tuberculose

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LOC: O Governo Federal aceitou o desafio da Organização Mundial da Saúde para erradicar a tuberculose no mundo até 2035. Para isso, foi lançado em março o Plano Nacional pelo Fim da Tuberculose em parceria com os estados e municípios. Minas Gerais é uma das grandes preocupações do governo. Em 2016, estima-se que cerca de 3.550 mineiros foram contaminados pela doença, sendo um terço deles apenas na capital, Belo Horizonte. Apesar de grave, a doença tem cura e o tratamento é oferecido gratuitamente pelo SUS. O ministro da Saúde, Ricardo Barros, afirmou que o objetivo é reduzir em 90% a incidência de Tuberculose no país até 2035 e destacou a qualidade do atendimento oferecido pela rede pública.

TEC/SONORA: Ricardo Barros, ministro da Saúde.

“Fazemos aqui um apelo aos familiares, aos amigos das pessoas portadoras de tuberculose, que estimule essas pessoas a buscar o tratamento. É um bom tratamento que o SUS oferece e, certamente, com isso, além de atingirmos as nossas metas e os nossos compromissos com a Organização Mundial da Saúde, teremos mais qualidade de vida, mais conforto e mais saúde aos brasileiros.”

LOC: Em Belo Horizonte, a taxa de mortalidade por tuberculose é baixa, sendo de um a cada 100 mil habitantes, segundo dados do Ministério da Saúde. Porém, para garantir a cura, é necessário seguir a risca o tratamento. São no mínimo seis meses de medicamentos e visitas médicas. Mesmo com melhora dos sintomas, o paciente não deve abandonar o tratamento. Para a coordenadora do Programa Nacional de Controle da Tuberculose do Ministério da Saúde, Denise Arakaki, é preciso um engajamento entre os profissionais de saúde e as pessoas que convivem com o doente para derrubar preconceitos e incentivar a continuidade do acompanhamento médico até o fim.

TEC/SONORA: Denise Arakaki, coordenadora Programa Nacional de Controle da Tuberculose do Ministério da Saúde.

“Temos que engajar profissionais de saúde, famílias, comunidades e a sociedade civil em um entendimento de que a tuberculose depende de todos nós para ser vencida. Um paciente com tuberculose precisa ser bem acolhido pelo serviço de saúde, a família não pode ter preconceito contra aquele indivíduo. Os colegas de trabalho precisam entender que a tuberculose é uma doença transmissível, tem cura e o indivíduo rapidamente deixa de ser transmissor.”

LOC: Após o início do tratamento, na maioria dos casos, o paciente deixa de ser transmissor da doença em 15 dias e o convívio social passa a ser normalizado. O bacilo transmissor da tuberculose tem mais resistência e se propaga com mais facilidade em ambientes com muitas pessoas, pouca ventilação e pouca luz natural. Sendo assim, pessoas que conviveram com infectados também devem procurar um médico. Além disso, condições físicas como diabetes, HIV e tratamentos com imunossupressores tornam os indivíduos mais vulneráveis ao contágio. Denise Arakaki explica que a população de baixa renda está entre as maiores vítimas.

TEC/SONORA: Denise Arakaki, coordenadora do Programa Nacional de Controle da Tuberculose do Ministério da Saúde.

“As pessoas que estão mais periféricas em termos de condições sociais, também têm mais dificuldades de uma boa alimentação, condições de vidas mais adequadas e é por isso que elas acabam ficando expostas a ambientes que favorecem a disseminação do bacilo. Essas pessoas moram em uma casa ruim, moram em condições precárias de saneamento básico, se alimentam mal, e, se alimentando mal elas têm um sistema imunológico pior.”

LOC: A tuberculose pode se manifestar em qualquer época do ano, não sendo uma doença de estação. Fique atento a sintomas como tosse que dura mais de três semanas e que pode vir acompanhada de febre, suor noturno, emagrecimento e cansaço. O diagnóstico é feito por meio um teste de escarro ou catarro e o resultado sai em poucas horas. Para saber mais informações sobre a doença, acesse saude.gov.br.
 

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