LOC.: O aeroporto da Pampulha, localizado na capital mineira, Belo Horizonte, está autorizado a receber aviões de grande porte, desde a semana passada. A decisão da Agência Nacional de Aviação Civil, atendeu a uma reivindicação da Infraero, que administra o aeroporto, e se juntou à autorização do Ministério dos Transportes de limitar o uso do aeroporto para voos regionais. A Comissão de Viação e Transportes da Câmara dos Deputados discutiu as duas decisões e ocorreu divergência entre as opiniões. Desde 2005, o aeroporto de Confins passou a concentrar voos de grande porte e isto impactou negativamente o balanço financeiro do aeroporto da Pampulha, que, de cinco anos para cá, tem um prejuízo de R$ 100 milhões. O superintendente da Infraero, Antonio Erivaldo Sales, enfatizou a necessidade de reverter esse quadro.
TEC./ SONORA: Antonio Erivaldo Sales, superintendente da Infraero.
"A Pampulha movimentou em 2004, 3,2 milhões de passageiros/ano. Nós tivemos em 2012 com média 750 mil, 800 mil passageiros e hoje estamos com 300 mil passageiros. Quer dizer, a curva de crescimento está totalmente ao contrário da expectativa. A cada ano, o prejuízo se eleva por redução de passageiros e voos ofertados, consequentemente todo o restante de receita comercial vem a somatizar um prejuízo ainda maior."
LOC.: Segundo o secretário nacional de Aviação Civil, Dario Rais Lopes, autorizar aviões de grande porte apenas para voos regionais na Pampulha foi uma decisão correta.
TEC./ SONORA: Dario Rais Lopes, secretário nacional de Aviação Civil.
"Dedicar o aeroporto da Pampulha para voos regionais e concentrar todos os voos nacionais e internacionais no aeroporto de Confins é algo que tem sustentação na experiência internacional dos aeroportos múltiplos em regiões metropolitanas."
LOC.: O diretor da Anac, Juliano Alcantara Norman, afirma que, como a decisão é recente, ainda não há pedidos de companhias aéreas na agência para operar voos na Pampulha, mas o gerente geral de Planejamento de Linhas da Avianca, Marcelo Garcia, afirmou que a companhia deve entrar com pedido de autorização para começar a oferecer voos ali ainda neste ano. O representante da Latam, Sandro Roberto Lopes, afirmou que, por enquanto, a companhia não tem condições de operar na Pampulha porque seus aviões são maiores do que os permitidos. A Azul, que tem todos os voos em Confins, é contra a dispersão de voos entre os dois aeroportos.
Reportagem, Cintia Moreira
