Data de publicação: 06 de Abril de 2017, 00:28h, atualizado em 17 de Julho de 2020, 18:31h
LOC: A expressão “em time que está ganhando não se mexe” é usada para ilustrar situações em que um cenário de sucesso não é necessário mudar. No entanto, quando o assunto é gestão de cidades isso é praticamente impossível. Se o estado do Mato Grosso do Sul passou dificuldades no começo de 2016 com a grande quantidade de casos de Zika, Chikungunya e Dengue, ao longo do ano a situação foi melhorando. O trabalho dos agentes visitando residências, parcerias com outros órgãos públicos e o monitoramento da situação foram fundamentais para uma diminuição dos casos no estado. Com as eleições municipais e as trocas de gestões nas cidades, manter as equipes de combate é quase impossível. Para compensar a mudança, a Secretaria de Saúde investiu em cursos e capacitações para gestores e técnicos de todos os 79 municípios do estado. Marcio Luiz de Oliveira é gerente de combate às três doenças no estado e explica a importância dessas ações.
TEC/SONORA: Márcio Luiz de Oliveira, gerente de combate às três doenças.
“O projeto do estado é capacitar toda a força de trabalho no combate de vetores. Tanto os que têm poder de gestão dessa área, quanto o pessoal que trabalha na área operacional de gerenciamento. Então nós queremos ter uma equipe do estado lá na ponta, no município, uma equipe treinada, qualificada, para responder em tempo hábil a qualquer situação de casos notificados ou confirmados que venham a ocorrer.”
LOC: Em 2017, até a décima semana de registros de casos, Mato Grosso do Sul teve mais de 1.700 casos suspeitos de Dengue, 29 de Zika e 61 de Chikungunya. Para se ter uma ideia da diminuição, apenas na primeira semana de registros em 2016, o estado já tinha mais de três mil casos de Dengue.
Apesar da diminuição, a presença do mosquito transmissor no estado preocupa as autoridades e moradores. O professor Antônio Prancácio, de 47 anos, morador do bairro Coronel Antonino, em Campo Grande, foi uma das vítimas do Zika, que tem relação com a microcefalia em bebês. Antônio foi infectado em março de 2016. Ele detalha o que passou durante esse período.
TEC./SONORA: Antônio Prancácio, professor
“Foi assim: tive dor de cabeça, bastante cansaço e manchas avermelhadas pelo corpo, principalmente na região do abdômen. Depois espalhou para o corpo todo. E coceira, coçava bastante. Principalmente durante a noite, e fiquei com esses sintomas durante uma semana.”
LOC: Entre as regiões que ainda chamam a atenção da Secretaria Estadual, estão as de alta circulação de pessoas, como a capital, Campo Grande, as turísticas - Bonito e Coxim, além das que fazem fronteira com outros países, como Ponta Porã e Corumbá. Camapuã também registrou uma alta incidência de casos das três doenças. Evitar o nascimento do mosquito é a maneira mais fácil de se evitar a transmissão das doenças. A Chikungunya, por exemplo, pode tirar as pessoas de suas atividades diárias por conta das fortes dores nas juntas; a Zika, pode causar microcefalia caso uma gestante seja infectada; e a Dengue, em seu estado mais grave pode levar à morte. Para mais informações sobre os sintomas das doenças e dicas de prevenção acesse: saude.gov.br/combateaedes.
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