LOC: Lixo e entulho em terrenos baldios. No Mato Grosso do Sul, se a luta contra os focos do mosquito responsável por transmitir a Dengue, a Chikungunya e o Zika tivesse que apontar um principal vilão, esses seriam os acusados de favorecer o inimigo. Pelo menos é o que afirma Mauro Lúcio Rosário, coordenador de controle de vetores no estado. Mauro conta que o comparativo com o início do ano, mostra que a conscientização aumentou, mas o número geral em 2016 assusta. Ao todo, são mais de 58 mil casos suspeitos de Dengue, mais de 2.300 de Zika e 443 de Chikungunya em todo o estado. Os dados são compatíveis com o descuido em relação aos criadouros do mosquito. O coordenador alerta que houve sim, uma diminuição de pessoas infectadas em relação ao começo do ano, mas com a chegada do Verão, o cenário volta a ficar preocupante.
TEC/SONORA: Mauro Lúcio Rosário, Coordenador de controle de vetores no estado
“Nós temos todas as condições para uma nova epidemia. Nós temos bastante mosquitos, bastante depósito com água, tem chovido muito na região. Temos a circulação dos vírus, as notificações já voltaram a crescer. Então temos condições de termos epidemias de Dengue, Zika e Chikungunya.”
LOC: Entre os municípios do estado, que chamam mais atenção pela quantidade elevada de casos suspeitos das três doenças, segundo a Secretaria de Saúde Estadual, estão Dourados, Três Lagoas, Itaporã e a capital, Campo Grande. Mariana de Souza é moradora da capital, tem 21 anos e é estudante de arquitetura. Ela mora no bairro Tiradentes e teve Dengue em dezembro de 2015. Mariana descreve o que sentiu no período em que esteve doente.
TEC/SONORA: Mariana de Souza, Estudante
“Começou com bastante enjôo, febre e dores no corpo. Aí, eu amanheci com o corpo todo empolado, cheio de bolinhas. Minha mãe achou muito estranho e me levou ao médico. Aí fizemos um exame que constatou que era Dengue.”
LOC: Segundo a secretaria de Saúde sul matogrossense, a partir de fevereiro, os 79 municípios do estado vão receber capacitação para combater o mosquito. O mês foi escolhido por conta da mudança de gestão em diversos municípios. No entanto, a mudança de hábito pode começar agora. A principal mudança você já sabe: todos devem parar de jogar lixo e entulho em terrenos que vão virar criadouros do mosquito. Mais informações no site: saude.gov.br/combateaedes
