MATO GROSSO DO SUL: Clima dificulta combate ao Aedes no estado

   

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REPÓRTER: Com o clima chuvoso desde o início do ano, Mato Grosso Sul mantém seu combate ao Aedes aegypti de maneira firme. Os números de doenças relacionadas ao transmissor justificam a preocupação. Em 2016, são mais de 49 mil casos suspeitos de dengue, quase 200 de chikungunya e mais de mil e 300 do vírus Zika, de acordo com a secretaria estadual de Saúde. Apesar de ainda não ter registrado nenhum caso de microcefalia, o estado monitora 109 gestantes por apresentarem sintomas da doença, que pode causar microcefalia em bebês. Campo Grande, Carapó, Ponta Porã e Dourados estão entre os municípios mais afetados pelas doenças transmitidas pelo Aedes. Para enfrentar a questão cerca de seis mil agentes de saúde e endemias percorrem as ruas do estado visitando imóveis, eliminando possíveis criadouros e informando a população sobre os cuidados necessários no dia a dia. O gerente do programa de combate ao vetor no Mato Grosso do Sul, Márcio Luís de Oliveira, destaca qual o papel de cada um no combate ao inseto.
 
SONORA: Márcio Luís de Oliveira - Gerente do programa de combate ao vetor
 
“Os agentes estão aí para fazer uma vistoria no seu imóvel, para verificar se há focos do mosquito e acima de tudo eles estão aí para prestar uma orientação. O cuidado com sua casa não é necessariamente o poder público que precisa fazer. Cada morador tem que ter cuidado com seu próprio imóvel”
 
REPÓRTER: De acordo com a secretaria de saúde do estado, cerca de 70% dos imóveis já foram vistoriados pelos agentes. Para auxiliar os profissionais e intensificar o combate ao mosquito, a lei estadual 4812 permite que agentes possam chamar chaveiros para que imóveis abandonados sejam abertos, permitindo a vistoria e eliminação de possíveis criadouros do mosquito. Além disso, grupos ligados á instituições como ONGs e igrejas estão sendo capacitados pela Secretaria para também combaterem o mosquito e repassarem as informações de maneira correta. O diretor de Vigilância das Doenças Transmissíveis do Ministério da Saúde, Cláudio Maierovitch, relembra qual a maneira mais eficiente de se proteger das três doenças transmitidas pelo Aedes.
 
SONORA: Cláudio Maierovitch – diretor de vigilância das doenças transmissíveis              
 
“A principal forma de eliminar o mosquito Aedes aegypti, que transmite pelo menos três vírus, que são muito importantes no Brasil - vírus que causa a dengue, que causa a chikungunya e que causa zika - é evitando que o mosquito nasça, evitando a proliferação dos mosquitos. O mosquito precisa de água para colocar seus ovos e para que surjam novos mosquitos. Então é importante eliminar qualquer recipiente que contenha água parada.”
 
REPÓRTER: Os cidadãos do Mato Grosso do Sul que tiverem dificuldade de entrar em contato com a secretaria municipal para fazer denúncias ou tirar dúvidas pode ligar no número 3326 7182. O telefone é da  central de atendimento da Secretaria Estadual de saúde. Para mais informações sobre dengue, chikungunya e Zika e acesse o site  combateaedes..saude.gov.br
 

 

Reportagem, Raphael Costa

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