Data de publicação: 30 de Janeiro de 2017, 23:05h, Atualizado em: 17 de Julho de 2020, 18:31h
LOC.: Dados do Ministério da Saúde mostram que dois de três municípios do sudoeste do Maranhão estão em estado de alerta de infestação do mosquito transmissor da Dengue, Zika e Chikungunya. Segundo o levantamento, os municípios de Carolina e Balsas registraram, no fim do ano passado, índices de 1,8 e 1,3, respectivamente. Apenas Santa Luzia registrou um índice satisfatório, com chances zeradas de infestação.
A coordenadora estadual de combate a vetores, Joseneide Silva, afirmou que é esperado um aumento de casos de Chikungunya no estado, já que não há uma imunização para a doença.
TEC./SONORA: Joseneide Silva, coordenadora estadual de combate a vetores
“Na realidade, é o caso do Maranhão sim. Bem que nós tivemos problemas com o diagnóstico da Dengue, porque estávamos sem equipe, como demais estados. Mas nós tivemos muitos casos onde achávamos que era Dengue, no início, às vezes fazíamos o diagnóstico diferencial e era Chikungunya. E como está todo mundo não imune para essa doença, é a nossa preocupação neste ano, também.”
LOC.: Para a coordenadora, ainda existem duas barreiras importantes a serem vencidas para uma maior participação da população: a informação e o cuidado no manejo do lixo. Em Balsas, a prefeitura contou com ajuda de empresários para realizar um mutirão de limpeza e retirar lixos espalhados nas ruas, que poderia se tornar criadouros do mosquito. Para Joseneide, uma maior sensibilidade dos gestores municipais quanto ao descarte do lixo ajudará bastante nessa luta.
TEC./SONORA: Joseneide Silva, coordenadora estadual de combate a vetores
“Tem que falar, para mim é importantíssimo. E também a questão da sensibilização dos gestores com lixos nas ruas, que formam criadouros. O pessoal joga tudo, de vaso sanitário a sofá, e acaba se tornando potenciais criadouros. Tem que ter coleta de lixo regular, tem que ter a sensibilização da população para colocar o lixo apenas no dia da coleta. Passa realmente por todas essas questões.”
LOC.: É importante lembrar que a Chikungunya é uma doença com alta possibilidade de se tornar crônica, com capacidade de manifestar dores e inchaço em articulações por mais de seis meses, comprometendo o movimento de mãos, braços, pés e pernas. No entanto, os cuidados devem permanecer para que não ocorram epidemias de Zika e Dengue, evitando água parada e, consequentemente, a proliferação do mosquito transmissor. Para mais informações acesse: saude.gov.br/combateaedes.
