MAIS MÉDICOS: Conheça a história do profissional que vai atuar em um distrito indígena

O médico Sandoval Júnior está entre os quatro profissionais que, este ano, já começaram a atuar pelo programa Mais Médicos no Distrito Sanitário Indígena Potiguara, que abrange municípios da Paraíba e do Rio Grande do Norte. Sandoval conta que o desejo de ser médico surgiu na adolescência, quando cursava o ensino médio em Belém do Pará

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REPÓRTER: O médico Sandoval Júnior está entre os quatro profissionais que, este ano, já começaram a atuar pelo programa Mais Médicos no Distrito Sanitário Indígena Potiguara, que abrange municípios da Paraíba e do Rio Grande do Norte. Sandoval conta que o desejo de ser médico surgiu na adolescência, quando cursava o ensino médio em Belém do Pará. 

SONORA: médico – Sandoval Júnior 

“A vocação, ela surge na adolescência. A gente querer cuidar, dar atenção ao ser humano eu acho que é um pressuposto básico para quem quer a profissão de médico. Lida diariamente com o ser humano e que tem que ter um olhar diferenciado para o ser humano, um olhar humano, mesmo, aquele olhar de querer ajudar. Então, isso tudo fez com que a gente optasse por isso. A escolha profissional passa muito por aspectos até ideológicos mesmo”. 

REPÓRTER: Formado em medicina desde 2012 pela Universidade Federal do Pará, Sandoval Júnior já atende a população indígena do Distrito Potiguar há dois anos. Ele conta que a especialização em saúde da família e os 10% de bonificação na pontuação da prova de residência médica oferecidos aos participantes do Mais Médicos foram atrativos para ele optar pelo programa. Além disso, o fato de continuar atendendo a população a qual ele já estabeleceu um vínculo foi o principal motivo de ele fazer a migração do Provab, Programa de Valorização da Atenção Básica, para o Mais Médicos. 

SONORA: médico – Sandoval Júnior 

“Uma coisa fundamental para todo médico de família é ter continuidade. O ideal seria o profissional passar a vida toda ali. Estou há dois anos lá. Estou indo para o terceiro ano, agora. Isso impacta no cuidado, na assistência da população de maneira muito significativa porque a população vai se habituando, vai vendo como é que as coisas têm que acontecer. O contato do médico com a comunidade é mais próximo. O médico de família, ele consegue estabelecer uma relação até de amizade com a comunidade e o programa, ele proporciona muito isso. E isso só faz trazer melhora no cuidado”. 

REPÓRTER: Segundo o chefe substituto do Distrito Sanitário Indígena Potiguara, José Antônio da Fonseca, a presença dos profissionais do programa Mais Médicos diminuiu a necessidade dos indígenas saírem das aldeias para procurar atendimento médico em outros municípios. Ele explica que esse fato contribui para uma maior qualidade de vida dessa população. 

SONORA: chefe substituto do DSEI Potiguara – José Antônio da Fonseca 

“A nossa comunidade indígena são pessoas carentes, pessoas necessitadas de assistência. E com essa equipe melhorou bastante a assistência. Nós temos a assistência básica, os primeiros socorros nós fazemos nas aldeias com esses médicos que estão nos auxiliando. A população indígena são pessoas que vivem lá na aldeia. Então, quando nós temos um médico para atender esse paciente lá, muitas vezes evita que o paciente se desloque para as cidades mais próximas de referência, como João Pessoa e Campina Grande”. 

REPÓRTER: Sandoval Júnior continua a atuar no DSEI Potiguara, agora pelo programa Mais Médicos. E em todo o Brasil, mais de 3 mil e 800 profissionais também começam a atender a população ainda este mês. Para saber mais, acesse a página do Ministério da Saúde. O endereço é www.saude.gov.br.

Reportagem, Fábio Ruas

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