MACEIÓ (AL): Preconceito leva paciente a esconder doença e procurar tratamento longe de casa

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LOC: A crença de que a pessoa deve ficar isolada do convívio dos seus amigos e familiares, quando está fazendo o tratamento da Tuberculose, ainda persiste. Isso se torna um sério problema para o paciente aceitar o diagnóstico, de acordo com a enfermeira e técnica do Programa Municipal de Controle da Tuberculose de Maceió, Tatiana Almeida do Nascimento.

TEC/SONORA: Tatiana Almeida do Nascimento,enfermeira e técnica do Programa Municipal de Controle da Tuberculose.

“A gente ouve relatos de experiência durante esses anos todos. Têm situações, por exemplo, que o paciente mora em determinado bairro e ele não se trata no bairro que tem a unidade que ele mora. Porque ele não quer que as pessoas saibam que ele tem a doença, que ele está se tratando para a Tuberculose. Então, vai se tratar, muitas vezes, em uma unidade de saúde bem longe do local onde ele mora, para que ele não seja visto pelos conhecidos dele e seja rotulado como paciente tuberculoso.”

LOC: De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde de Maceió, são registrados anualmente cerca de 500 casos de Tuberculose no município. Tatiana explica que na verdade há uma baixa detecção de casos e que provavelmente o número de pessoas seja maior. Além disso, ela comenta sobre a importância de diagnosticar a doença com mais rapidez.

TEC/SONORA: Tatiana Almeida do Nascimento,enfermeira e técnica do Programa Municipal de Controle da Tuberculose.


“Se o paciente chega hoje a uma unidade básica de saúde com suspeita de Tuberculose, são solicitados todos os exames, é feito o diagnóstico, o paciente é acompanhado e tratado. A questão está em justamente a gente buscar aquele paciente que ainda está no início da doença. Porque ele chega na unidade de saúde já com febre, ele está emagrecido, antes dele chegar nessa situação, porque assim a gente consegue quebrar a cadeia de transmissão.”

LOC: Tatiana explica que o ideal é começar o tratamento o mais rapidamente possível, evitando com isso a transmissão da doença.

TEC/SONORA: Tatiana Almeida do Nascimento,enfermeira e técnica do Programa Municipal de Controle da Tuberculose.

“Que nos primeiros 15 dias de tratamento ou até a negatividade da baciloscopia, o mais indicado é que ele use uma máscara. Mas que não há problema em relação a talheres, abraços, beijos. A orientação maior é em relação a ele colocar máscara ou coisa do tipo quando estiver em ambiente fechado. Mas isolamento, não.”

LOC: A Tuberculose é transmitida pela respiração, fala, espirro ou tosse. A bactéria fica no ar e entra pelas vias aéreas de outra pessoa, se instalando no pulmão. A enfermeira Tatiana também reforça a importância de examinar as pessoas que convivem ou tiveram contato com um paciente diagnosticado com Tuberculose. Entre os sintomas da doença estão tosse seca por mais de três semanas, perda de peso, febre e suores noturnos. Além de dores de cabeça e fadiga excessiva. Em caso de suspeita, procure a unidade básica de saúde mais próxima e faça o exame de escarro. Pode ser Tuberculose. Para saber mais, acesse: saude.gov.br. 

 

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